As exposições “100 Memórias da República” e “Trabalhos Escolares do Centenário”, patentes no Museu Municipal até ao dia 31 de Maio, marcaram, no Bombarral, o arranque das comemorações do Centenário da Implantação da República. A inauguração teve lugar na tarde de 25 de Abril, tendo a primeira intervenção pertencido a Manuel Patuleia, Comissário para as Comemorações do Centenário, que fez uma breve apresentação da exposição e explicou aos presentes os objectivos destas comemorações.  Seguiu-se a apresentação do logótipo das Comemorações, que esteve a cargo da própria autora, a Arquitecta Olga Inácio, colaboradora da Câmara Municipal. Presente na inauguração esteve igualmente o director do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, Emanuel Vilaça, tendo começado a sua intervenção por afirmar que “é uma enorme satisfação para nós, professores e alunos, associarmo-nos a esta iniciativa”. O docente destacou também a importância da escola e a autarquia se unirem “num esforço único para prestar às famílias do Bombarral um bom serviço de educação”. A derradeira intervenção pertenceu ao presidente da autarquia, José Manuel Vieira, que afirmou que “para a Câmara Municipal era inevitável comemorar os 100 anos da República”, tendo em consideração que foi a sua implantação que permitiu a criação do concelho do Bombarral. Por último, o edil convidou todos os presentes a acompanhar as actividades comemorativas que vão ser levadas a cabo ao longo deste ano, esperando que as mesmas possam continuar o sucesso que estas tiveram. Quanto à exposição “100 Memórias da República”, trata-se de uma mostra organizada pela Câmara Municipal composta por uma centena de fotografias, que espelham o que de melhor existia neste concelho, há cerca de um século: as suas gentes e as marcas do esforço construtivo vincado, até essa época, no nosso património edificado. A recolha das imagens foi efectuada em todo o concelho, tendo a autarquia contado com a colaboração das Juntas de Freguesia e o acolhimento dos munícipes que, com interesse, aderiram à cedência de fotografias dos respectivos antepassados, fornecendo imagens suas dos anos iniciais do século XX, até aos finais da Primeira República, onde se fixou o horizonte temporal daquela mostra.  Do património construído, e dentro do possível, recolheram-se imagens da altura, relativas a alguns edifícios, uns deles entretanto desaparecidos, ou então reconstruídos e dedicados posteriormente a outras finalidades. No que diz respeito à exposição “Trabalhos Escolares do Centenário”, esta reúne, como o nome indica, um conjunto de trabalhos sobre a República executados pelos alunos do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó.  Além desta mostra, o Agrupamento, em parceira com a autarquia, preparou um conjunto de actividades com vista a assinalar o Centenário da República, como é o caso da Mesa Redonda com Manuel Patuleia, que teve lugar no dia 27 de Abril, ou da Conferência com António Reis, que se realizou no dia 29 de Abril.   Após a inauguração das exposições, seguiu-se uma encenação, reportada a 1910, levada a cabo pelo grupo de teatro amador da Delgada “Os Lendários, junto ao edifício dos Paços do Concelho. Vestidos à época, 16 jovens figurantes iam passeando pela Praça do Município, quando surgiu o ardina anunciando a saída do jornal “Pátria”, com as novidades locais do “Partido Republicano”. De seguida, entraram em cena mais três personagens: Adriano da Silva Nunes, ao tempo presidente da Junta Paroquial Republicana do Bombarral, Tomaz da Conceição Rosado e Manuel Joaquim Lima Souto, tendo o primeiro falado aos presentes sobre os motivos que levaram o Bombarral a tornar-se numa terra Republicana. De referir ainda que, do cenário desta encenação, fez igualmente parte uma bandeira de Portugal ecológica, da autoria dos alunos e docentes do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, que escolheram as maçãs para prestar o colorido ao símbolo nacional.