O corpo do mestre da embarcação de pesca “Fábio e João”, que naufragou ao largo de Peniche na noite de 18 de Fevereiro com quatro tripulantes a bordo, foi resgatado do mar na passada sexta-feira. Apareceu nas redes do arrastão de um dos sócios e a família confirmou a identidade – Amândio Jorge Domingos Pinto, 43 anos, de Ribamar, Lourinhã. Foi o arrastão “Gala”, da Figueira da Foz, quem o apanhou nas redes quando andava na faina entre as quatro e as seis da manhã, a seis milhas da costa, a sul da praia da Areia Branca, na Lourinhã. O cadáver foi trazido para terra e familiares dos três pescadores que ainda não tinham sido encontrados foram chamados para tentarem identificar o corpo. A cara era irreconhecível porque o tempo que passou dentro de água desfigurou-o, mas a roupa e objectos que ostentava permitiram confirmar ser o mestre, que foi levado para o Instituto de Medicina Legal de Torres Vedras, para ser realizada autópsia. Este é o segundo corpo descoberto, depois de no dia 26 de Fevereiro ter sido encontrado Basílio José da Fonseca, de 54 anos. Estão ainda desaparecidos José Martinho Antunes, de 56 anos, e Manuel Pedro Vieira Silvério, de 49 anos. Na quinta-feira passada a Marinha conseguiu confirmar a localização do pesqueiro “Fábio e João” a cerca de nove quilómetros a Oeste da Praia da Consolação, Peniche, e a uma profundidade de 58 metros. Com recurso a um sonar lateral e a um veículo submarino operado remotamente foram efectuadas operações de mergulho profundo na área de operações, mas não foi descoberto mais nenhum corpo. Estiveram envolvidos nesta acção o navio hidrográfico “Andrómeda” e uma equipa de seis mergulhadores da Marinha apoiada pela corveta “João Roby”, com uma câmara hiperbárica embarcada, no total de 88 elementos. As operações foram dadas como encerradas, revelou o comandante da capitania do porto de Peniche, Patrocínio Tomás.   Francisco Gomes