A jovem deputada Catarina Paramos recordou aos deputados municipais caldenses o contrato programa assinado entre a EDP e a Câmara. “Continua a ser notório, aos olhos de todos, que existe falta de iluminação pública em diversas artérias da cidade e nas restantes freguesias do Município. Com esta falta de iluminação é posta em causa a segurança dos cidadãos e dos seus bens, um tema que tanto tem preocupado a população, os autarcas e as autoridades”, começou por dizer a socialista. “A EDP comprometeu-se a remodelar toda a iluminação pública na Praça 25 de Abril, Avenida 1º de Maio e um troço da Avenida da Independência Nacional, iria suportar 50% do custo da remodelação na Rua dos Heróis da Grande Guerra e assegurava que reabilitaria todas as situações que fossem consideradas obsoletas, num prazo de três anos, na zona urbana da Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo”, indicou Catarina Paramos. “Nas zonas rurais, com problemas de tensão suficiente para pequenas indústrias, nomeadamente em Santa Catarina, seria feita uma análise de cada caso e seriam realizadas as obras necessárias à protecção de um serviço adequado no prazo de três anos”, lembrou também, enumerando ainda diversas outras obras anunciadas pela EDP. Porém, Catarina Paramos sublinhou que “decorridos três anos da assinatura do contrato com a EDP, inúmeras são as situações de ruas que encontramos com iluminação deficitária. Cito, meramente a título de exemplo a Rua Coronel Soeiro de Brito, Rua Capitão Filipe de Sousa, Bairro da Ponte, Bairro dos Arneiros, entre outras tantas”. A deputada fez ver aos deputados que a iluminação pública no Município das Caldas da Rainha “é deficitária, com inegável impacto na segurança, mobilidade e qualidade de vida dos munícipes. O serviço de fornecimento de energia eléctrica apresenta um conjunto de fragilidades relevantes nas 16 Freguesias do Município”. Perante os factos relatados, Catarina Paramos disse que “cabe à Câmara apresentar quais foram afinal os resultados da assinatura do contrato programa, não só em relação ao que foi prometido mas sobretudo a tudo aquilo que está por fazer”. Na réplica o deputado do PSD, António Cipriano, demonstrou que também não está satisfeito com a forma como o contrato da EDP está a ser cumprido por parte da rede energética. “Não estamos satisfeitos, mas não deixa de ser curioso que ao longo de tantos anos, foi o PS que disse nesta Assembleia que a Câmara das Caldas está a perder muito e muito dinheiro por não termos um contrato com a EDP. Agora vamos ver que se calhar não estávamos a perder. Temos um contrato e as coisas não estão a correr tão bem como todos nós desejávamos”, referiu. Também Fernando Rocha, deputado do Bloco de Esquerda, deu o exemplo de um candeeiro da Rua Dr. Júlio Lopes que está avariado desde Setembro do ano passado. “São situações lamentáveis. Numa rua com poucos candeeiros, onde há comércio a sensação de segurança perde-se. A Câmara deve cair em cima da EDP para solucionar estas questões e obrigá-la a cumprir o contrato”, disse. A recordar que este assunto foi uma das bandeiras do vereador socialista António Galamba no mandato anterior, Tinta Ferreira em nome da autarquia frisou a resistência de Fernando Costa em assinar o contrato programa, mas recordou ainda a pressão dos socialistas na Assembleia Municipal. “Nós também não estamos naturalmente muito satisfeitos com a forma como a EDP está a fazer o que se comprometeu. Está a demorar tempo, está a fazer com alguma morosidade aquilo que estava comprometido e portanto não estamos satisfeitos”, disse. “Por outro lado faço notar que estamos a chegar a uma situação em que ao contrário do que havia no passado, em que recebíamos verba por cedermos espaço à EDP para a instalação eléctrica, agora estamos a chegar a uma situação em que estamos quase a pagar. Isto só vem reforçar a nossa convicção, durante muito tempo, de que não era um bom negócio. Recordo que fomos muito criticados por não fazermos o acordo com a EDP. Durante muito tempo não o fizemos e ao fim de muitas insistências lá nos fomos convencendo que éramos nós que estávamos errados, mas o que é facto é que o negócio não está a ser bom, nem em termos de comparticipações financeiras, porque estamos a chegar a um ponto em que temos de pagar em vez de receber e porque na rapidez da execução da EDP está muito demorado”, declarou Tinta Ferreira. Carlos Barroso
Deputada denuncia contrato programa entre a Câmara e a EDP

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