Realizou-se no passado dia 6, no restaurante Paraíso, um almoço convívio do Quadro de Honra dos Bombeiros das Caldas da Rainha e que contou com a presença de quase meia centena de antigos combatentes. Este convívio começa a ser uma tradição para aqueles que por força da idade, doença, trabalho ou razões particulares deixaram de poder socorrer e comparecer no quartel para ajudar os muitos anónimos que diariamente precisam de ajuda. Neste almoço foram recordados diversos momentos em que muitos desempenhavam funções de bombeiros no Município e agora com as alterações remetem-se a um convívio para evocar o passado. Este grupo de elementos do quadro de honra gostaria por isso de ter no quartel um local onde se pudesse reunir, porque apesar de estarem afastados do corpo combatente, ainda têm alguma coisa para dar e por outro lado ainda sentem o bichinho de ajuda ao próximo. Essa opinião foi partilhada por três dos participantes deste almoço, Francisco Domingos, José Rodrigues e Octávio Santos. “Este almoço é feito no primeiro sábado do mês de Março. Esta é uma forma de não perdermos o contacto uns com os outros uma vez que já não temos outra forma de conviver”, explicou José Rodrigues. Este antigo bombeiro de primeira classe recorda que “os fogos eram apagados a batedor e agora as coisas estão muito mais facilitadas”. “Havia também muito mais camaradagem”, considera. “Bombeiros uma vez, bombeiros toda a vida. Nós sentimos falta de poder ir ao socorro, mas a vida hoje não permite e demos lugar aos mais novos. Acho que poderíamos ter um espaço dentro do quartel que fosse dedicado para o encontro dos bombeiros do quadro de honra. Ir ao quartel ainda dói um bocadinho porque estou no quadro de honra há pouco tempo, mas se tivesse um espaço lá se calhar era mais fácil de lidar com isto”, disse o antigo chefe Octávio Santos. A concordar com esta ideia está também o antigo chefe José Domingos, que é da opinião de que os bombeiros mais velhos e no quadro de honra “deveriam conviver mais uns com os outros e transmitir algumas experiências aos mais novos e que agora entram para a causa, por forma a passar a mística”.   Carlos Barroso