“Mãe tira criança da escola por recusa de dar medicação durante as aulas” Na sequência da publicação no Jornal das Caldas de quarta-feira, dia 03 de Março de 2010, de um artigo com o título “Direcção alega não ter funcionários suficientes” e sub título “Mãe tira criança da escola por recusa de dar medicação durante as aulas”, da autoria do jornalista Francisco Gomes, e a propósito de referências que aí são feitas a afirmações que terei proferido e a factos que terei praticado, enquanto professora do 3.º ano do Centro Escolar de Santo Onofre em Caldas da Rainha, relativamente a este assunto, venho, ao abrigo do direito de resposta, previsto nos artigos 24.º a 26.º da Lei n.º 2/99, de 13 de Janeiro, solicitar a publicação, com o mesmo relevo e apresentação do escrito que motiva tal direito do seguinte: Quem me conhece e quem conhece a mãe do meu ex-aluno diz-me que o meu melhor direito de resposta começou no momento em que o artigo foi ilustrado com uma foto daquela mãe identificando-a. Já no que diz respeito à minha pessoa cumpre-me dizer que pese embora o jornalista, para evitar ser processado, não me tenha identificado pelo nome, certo é que com as referências que são feitas no artigo é inevitável que se chegue à minha identificação. Mas ainda bem que assim é, pois para se perceberem as “histórias” é bom que se conheçam as personagens. Quanto ao teor do artigo padece totalmente de rigor e/ou de verdade, o que não me espanta, porquanto só foi ouvida a mãe do meu ex-aluno, nunca tendo sido contactada para apresentar a minha versão dos factos com vista ao apuramento da verdade. Para além disso as citações que sugerem sido verbalizadas por mim foram retiradas e descontextualizadas de um relatório, solicitado pela mãe do aluno e endereçado ao médico da consulta de Desenvolvimento da Criança. Relativamente às tomas do fármaco Rubifen, consta de um documento médico que me foi entregue pela mãe do aluno que o horário é decidido pelos pais. A exemplo, aliás, do que acontece com outros dois meus alunos cujos pais optam por dar a medicação em casa. Mas neste caso a mãe em causa decidiu (não sei porquê) que a criança tinha de tomar o comprimido diariamente às 10h00 às 12h00 e também às 16h00, em plena aula. Sendo que a mãe sempre colocou, quer em mim quer nas auxiliares, uma pressão inaceitável no que diz respeito às horas precisas da toma do fármaco quando o próprio médico permite flexibilizar para um horário não lectivo. A criança em causa não foi o meu primeiro aluno hiperactivo, dado que já tive outros a quem também dei a medicação e continuarei a dar sempre que necessário. No que diz respeito à parte em que a mãe da criança afirma que eu “gritava com o filho, proibindo-o de se ausentar da sala para ir a consultas bem como o impedia de ir à casa de banho durante as aulas” é completamente falsa. Não tendo sido constatado (por mim, pelos colegas ou pelas auxiliares) de que o aluno em causa alguma vez tenha “ficado com as cuecas sujas e molhadas” como é afirmado pela mãe a quem o jornalista deu “voz”. Em relação à questão do relógio com alarme, e o facto de ser o menino a tomar a medicação, tratou-se de uma opção da mãe, passando o aluno a transportá-lo diariamente na mochila. Desde esse momento a responsabilidade da toma deixou de passar por mim, ainda que eu a observasse. Lamento, entretanto, que os pedidos de transferência com consequentes mudanças de escola estejam a tornar-se uma constante na vida desta criança, fruto de conflitos causados pela mãe aos profissionais que trabalham com o filho. E só é pena que o jornalista na posse do meu relatório não tenha transcrito antes aquilo que eu aí escrevi sobre o Afonso: “que tem muito bom aproveitamento em todas as áreas, mostra muito interesse pela aprendizagem e participa em todas as actividades com muito entusiasmo. É dos primeiros a terminar as tarefas executando-as correctamente. Apresenta um comportamento adequado (…) trabalha em grupo e a par com os colegas (…)” Mas isto não era obviamente noticia… Notícia é uma mãe usar a imagem e o problema de saúde do filho para obter protagonismo fácil, pondo em causa a minha reputação enquanto docente. Maria João Reis
Direito de resposta
10 de Março, 2010
“Mãe tira criança da escola por recusa de dar medicação durante as aulas” Na sequência da publicação no Jornal das Caldas de quarta-feira, dia 03 de Março de 2010, de um artigo com o título “Direcção alega não ter funcionários suficientes” e sub título “Mãe tira criança da escola por recusa de dar medicação […]
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