Caldas 1 Peniche 0   Campo da Mata, em Caldas da Rainha Árbitro: Rui Figueiredo, auxiliado por Paulo Brites e Nelson Pereira, do CA Leiria Caldas Diogo Soares, Miglietti, Tiago Costa, Ricardo Santos, Bruno Francisco (André Jesus, 38’), Tiago Santos, Miguel Andrade, Miguel Guerra, Chamusco (Pinho, 64’), Jorge Barros (Duscher, 82’), Sabino. Treinador: Gila Peniche Nuno Lopes, Edgar, Laranja, Paulo César (Ivonilson, 63’), Edilson, Paulo Neves, Emanuel I (Emanuel II, 54’), Vasco “C”, Silva, Nuninho, Portela (J. Nuno, 63’). Treinador: Amaral Marcador: Sabino (59’) Disciplina: Cartão amarelo a Bruno Francisco (15’), André Jesus (40’), Miguel Guerra (75’), Miguel Andrade (79’), Miglietti (93’), Laranja (35’), Edgar (44’) e Vasco (56’)   O Caldas alcançou mais três importantes pontos no derby com o Peniche. Neste desafio os jogadores do Caldas mostraram mais uma vez uma enorme capacidade de fazer de tudo por tudo por dignificar a camisola que vestem e isso ficou bastante patente na forma como Sabino festejou golo ou como Ricardo Santos aguentou até ao final do desafio depois de um jogador do Peniche na queda lhe ter passado com os “pitons” no rosto e feito um corte. No final do desafio Ricardo Santos teve que se deslocar ao Centro Hospitalar para ser suturado na face. A equipa alvinegra mereceu a vitória, tendo desde muito cedo trabalhado para a mesma e criado diversas ocasiões de golo. Aos 2’ teve logo oportunidade de se adiantar no marcador, com o remate final a pertencer a Jorge Barros, que atirou à malha lateral. Aos 9’, foi a vez de Sabino fugir aos defesas do Peniche e fazer um centro remate que, apesar de ter sido interceptado, levava perigo às redes penichenses. Os caldenses dominavam o encontro e as jogadas de perigo iam-se sucedendo, tendo o primeiro lance incomodativo para as redes de Diogo Soares apenas surgido aos 25’, após a marcação do primeiro canto para o Peniche. Sempre balançados para o ataque, os alvinegros foram dominando o encontro, aliás, o único lance de verdadeiro perigo para a baliza do Caldas aconteceu à passagem do minuto 43, através de um remate de Paulo Cesar que foi travado por André Jesus bem perto da linha de golo. A terminar o primeiro tempo, Jorge Barros fez um bom passe para André Jesus, que rematou com perigo. O segundo tempo não foi muito diferente do primeiro e o Caldas voltou a sobressair. Aos 49’, Jorge Barros hesitou e perdeu oportunidade de fazer um remate perigoso. Miguel Andrade, aos 52’, ameaçou a baliza do Peniche ao marcar um canto que foi defendido com alguma dificuldade pelo guarda-redes forasteiro. Sabino, aos 59’, levantou o estádio (que até estava bem composto) ao marcar o golo do Caldas. Sabino fez uso da sua rapidez depois de um passe de Miglietti que o isolou. O golo foi bastante festejado pelos jogadores e pelos adeptos, verificando-se uma empatia entre ambos, o que motiva ainda mais os atletas caldenses. O Peniche ainda tentou marcar e teve oportunidade para fazê-lo, aos 78’, num lance em que houve bastante atrapalhação na área caldense, mas a sorte esteve com o Caldas e o Peniche não marcou. Até ao final da partida o Caldas foi procurando segurar a vitória e até marcar o segundo, todavia, os caldenses não conseguiram ter sucesso nos remates. Com a vitória o Caldas encontra-se em sétimo lugar a uma jornada do final da primeira fase, estando a dois pontos do sexto lugar que é ocupado pelo Oeiras. No próximo desafio o Caldas desloca-se a casa do Olivais, último classificado, precisando de ganhar e esperando que o Oeiras perca ou empate em Peniche para ficar entre os seis primeiros e não se preocupar mais com a manutenção.   A.N. (texto) Carlos Barroso (foto)     Gila – treinador do Caldas   Jogo muito disputado   “Foi um jogo muito disputado, os jogadores conseguiram interiorizar o espírito destes derbies e ofereceram um jogo muito competitivo e com o resultado incerto. Penso que entrámos muito bem, o Peniche opôs-se, conseguimos cinco boas oportunidades para marcar na primeira parte, mas pecámos no último passe. No início da segunda parte conseguimos superiorizar-nos e concretizámos uma oportunidade. Sabendo que isto era uma final para nós gradualmente fomos recuando no terreno e explorando uma ou outra situação de contra-ataque. Conseguimos proteger bem a nossa baliza, ganhámos com mérito e estamos preparados para a final que nos resta em Moscavide, pensando que o Peniche em 10 jogos que tem em casa só perdeu com o Casa Pia e se ganhar pontos ao Oeiras e nós ganharmos em Moscavide somos nós que passamos”   Miguel Pinho – jogador do Caldas   Encontrei um plantel com muita qualidade   “Eu voltei agora ao Caldas e fiquei de certa forma surpreendido, encontrei um plantel com muita qualidade, que tem o senão de ser ainda muito jovem, mas estes momentos, estes jogos difíceis e o saber perder de cabeça erguida tem ajudado o grupo a crescer e merece muito ficar nos seis primeiros, por isso vamos fazer tudo para que isso aconteça na última jornada. Encontrei o Caldas numa situação diferente da outra vez que cá estive, mas fui muito bem recebido na mesma, voltei a uma casa que gostei muito de cá estar e apanho sempre gente boa aqui. As pessoas fizeram força para que regressasse e eu também gostei de voltar. Já venho um pouco tarde mas vou trabalhar para conseguir estar ao meu melhor nível e ajudar o grupo”     Amaral – treinador do Peniche   Dominámos sempre o jogo   “Foi um jogo incaracterístico, dominámos sempre, o Caldas a jogar directo, de pontapé para a frente conseguiu fazer o golo num contra-ataque e merece ganhar quem marca. Ainda temos 11 jogos para fazer e são jogos para ganhar e fazer o melhor possível para darmos uma imagem diferente do que temos feito nos últimos jogos. O Peniche deu tiros nos próprios pés, tínhamos tudo para estar nos três primeiros e estamos a lutar pela melhor classificação possível para a segunda fase. Temos que dignificar o Peniche e ter vergonha do que fizemos nestes últimos quatro, cinco jogos”