ATL de Óbidos nega maus-tratos Os pais de uma criança de três anos queixam-se de que uma animadora do ATL de Óbidos “agarrou com violência” no filho, deixando-lhe “marcas bastante fortes nos braços”. A responsável da instituição nega os alegados maus-tratos e o caso está a ser investigado pelo Ministério Público, depois de observação hospitalar e denúncia na GNR. Mário Minez, pai da criança, actualmente com quatro anos, relatou que em finais de Outubro do ano passado o casal apercebeu-se de “marcas de quatro dedos em cada braço” do menino. Segundo o encarregado de educação, o menino exemplificou o acto da animadora: “Fincou os dentes e fez o gesto das mãos a agarrá-lo e levantá-lo no ar com força”. Deslocaram-se de imediato ao hospital das Caldas da Rainha, onde a criança foi observada, tendo sido tiradas fotografias para juntar ao processo-crime. Mas a criança continuou a frequentar o ATL. “Não confrontámos a funcionária, mas sim os superiores directos, por acharmos ser o procedimento correcto. Ficámos à espera que a animadora pedisse desculpa ou esclarecesse o que se passou e da parte da escola também ninguém entrou em contacto para saber do estado de saúde mental e físico da criança”, declarou Mário Minez. O pai acha que a criança “sofreu represálias”, porque “deixaram de ter cuidado em dar-lhe as refeições, diziam que ele não queria, que não estava quieto, andava por cima e debaixo da mesa, e passaram todos os dias a haver queixas que ele se portava mal e que não comia”. O progenitor entende que a criança terá ficado afectada, admitindo que o comportamento em casa piorou dia para dia. A gota de água foi em Dezembro, quando a criança disse à avó para “pedir à animadora para ela não apertar-lhe mais os braços, indicando os pulsos”. “Faz supor que já fosse hábito”, considera Mário Minez. “A partir desse dia tirámo-lo do ATL”, adianta. “Se for um pai a agredir uma criança, a escola acciona os meios necessários para a assistência social apurar o que se passou. Quando o caso se passa na escola, esses meios também devem ser accionados”, reclama. Ana Sofia, gestora da Rede Municipal de Actividades de Tempos Livres do concelho de Óbidos, rejeita que tenha havido maus-tratos, apontando que “o que se passou foi que a criança é mal-educada e problemática, e à hora da refeição saiu uma série de vezes da cadeira e atirou-se para o chão, e a animadora foi sempre levantá-lo. Devido à quantidade de vezes que o fez é natural que possa ter deixado marcas nos braços, mas ninguém bateu no menino”. A responsável acrescentou que não foi aberto nenhum inquérito por confiar no trabalho da animadora, que já prestou declarações no posto da GNR de Óbidos, e espera que a queixa seja arquivada pelo Ministério Público. Lamentou também que o caso tenha sido tornado público, por entender que “ficarão todos a saber da má educação e comportamento da criança”. Francisco Gomes (texto) Carlos Barroso (foto)
Pais de criança queixam-se

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