Q

Previsão do tempo

12° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 16° C
  • Wednesday 17° C
13° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 16° C
  • Wednesday 17° C
13° C
  • Monday 15° C
  • Tuesday 17° C
  • Wednesday 18° C

EDP teve “intervenção adequada” para resolver falta de luz na região Oeste

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
A Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) concluiu que a intervenção da EDP Distribuição para resolver os problemas provocados pela intempérie de 23 de Dezembro na região Oeste “foi adequada na afectação dos meios técnicos e humanos mobilizados para repor a continuidade do serviço”. Desta forma, a DGEG isenta a EDP das queixas de empresários, […]
EDP teve "intervenção adequada" para resolver falta de luz na região Oeste

A Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) concluiu que a intervenção da EDP Distribuição para resolver os problemas provocados pela intempérie de 23 de Dezembro na região Oeste “foi adequada na afectação dos meios técnicos e humanos mobilizados para repor a continuidade do serviço”. Desta forma, a DGEG isenta a EDP das queixas de empresários, populações e autarcas sobre a demora na reposição da energia. Não deixa, no entanto, de recomendar que “há que aprofundar a análise e identificação de debilidades que devem ser superadas no plano organizativo técnico”. Do mesmo modo, a DGEG recomenda que a EDP “analise as reclamações derivadas desta ocorrência, caso a caso, e pondere a atribuição de apoios e ajudas para as situações mais críticas criadas pela tempestade e interrupção de serviço”. Num relatório divulgado na semana passada sobre a intervenção da empresa, a DGEG, com base na informação prestada pelo Instituto de Meteorologia, reconheceu que a velocidade do vento atingiu valores “bastante superiores aos estipulados no Regulamento de Segurança de linhas eléctricas”. As medições realizadas nos parques eólicos da Serra de Todo o Mundo, no concelho do Cadaval, e na Serra d’El Rei, no concelho de Peniche, apontam para valores na ordem dos 195 km/h e 169 km/h, respectivamente. Uma análise do radar instalado em Coruche indicou a velocidade do vento na ordem dos 220 km/h. “A intensidade da intempérie, bem superior à capacidade de suporte projectada para a infra-estrutura eléctrica no seu todo, não danificou ou afectou apenas esta, mas também árvores e outras infra-estruturas, designadamente viárias, existentes nas proximidades da rede eléctrica. Tal facto acentuou o efeito destrutivo da intempérie sobre a rede de distribuição”, considerou a DGEG. A EDP “implementou o Plano Operacional de Actuação em Crise”, tendo os níveis de alerta “sido aumentados à medida que se foi tomando conhecimento da gravidade da situação”. De acordo com a DGEG, foram afectados 350 mil consumidores na região Oeste. A dimensão dos danos causados na rede de distribuição foi enorme, contabilizando-se 726 postes de alta, média e baixa tensão partidos, mais de 100 quilómetros de linhas afectadas e 20 postos de transformação danificados. Chegaram a ser mobilizados 800 funcionários, 360 viaturas e 50 geradores móveis para responder às ocorrências relatadas, o que permitiu “dentro das primeiras 24h repor o fornecimento de energia eléctrica a 87% dos consumidores e no final de 48h a 98%”. O restabelecimento total aconteceu a 28 de Dezembro, cinco dias depois da intempérie. A DGEG chega a fazer a comparação com situações semelhantes ocorridas noutros países, apontando que o tempo médio de reposição total do serviço nesses casos foi de 16 dias. Razão pela qual entende que a resposta da EDP “foi adequada”, considerando que a empresa “estava preparada para actuar em situações de crise”. Regista-se ainda que a intervenção, “apesar das condições climatéricas adversas e as más condições de acesso, decorreu sem qualquer acidente para as equipas envolvidas ou para a população”. Empresas do distrito de Leiria pedem mais qualidade Um inquérito realizado pela NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria aos seus associados e 250 maiores empresas do distrito para avaliação da qualidade dos serviços da EDP conclui que “o fornecimento de energia eléctrica é deficiente e influencia negativamente a competitividade das empresas do distrito”. Das empresas inquiridas, 91,8% afirma que foi afectada por cortes de energia no ano de 2009 e destas, 39,3% diz que os cortes de energia acontecem sempre que há mau tempo, não entendendo que tal aconteça pois considera que a rede de distribuição deveria estar melhor preparada para resistir às condições atmosféricas adversas. Apesar de as falhas/cortes de energia registados serem, na sua maioria, de curta duração (66,5% inferiores a uma hora e 29% entre uma e quatro horas), os seus efeitos na actividade das empresas são, mesmo assim, “muito graves”. “De uma forma geral as empresas são deveras penalizadas, sendo o efeito mais leve a diminuição de produtividade por paragem de trabalhadores, máquinas e equipamentos (apontado por 41,3% das empresas), o que num país onde o aumento da produtividade é essencial à sobrevivência das empresas na economia global é deveras sintomático. De referir ainda os custos de avarias em máquinas e equipamentos provocados pelos cortes de energia, mencionados por 26,7% das empresas, e até o incumprimento de prazos de entrega (11,7%) e perda de clientes (3,6%)”, revela o relatório. Das 379 empresas que sofreram cortes de energia em 2009, apenas 16,8% consideram que os efeitos desses cortes na actividade da empresa foram praticamente nulos. De salientar que várias destas empresas adiantam que isso se deve ao facto de terem adquirido UPS e geradores. Quando questionados sobre as causas deste cortes/falhas de energia, apesar de 37,9% das empresas referir que são as condições atmosféricas adversas que estão na origem dos cortes verificados, é de salientar que 62,1 por cento indica causas directamente imputáveis à empresa distribuidora: a falta de manutenção das linhas (27,18%) e a ausência de investimentos na actualização e modernização da rede face às necessidades actuais (34,92%). A atribuição de responsabilidade à EDP pelas falhas/cortes de energia devido a falta de investimento na actualização e modernização da rede de distribuição é comprovada pela afirmação de grande parte dos inquiridos (55%) de que o problema das falhas/cortes registados em 2009 se arrasta há cinco anos ou mais. Ao problema dos cortes/falhas de energia acresce a dificuldade em estabelecer um relacionamento fácil e eficaz com a EDP. Foi solicitado aos inquiridos que avaliassem quatro parâmetros: comunicação de avarias, resposta às avarias comunicadas, tratamento das reclamações e pedido de serviços técnicos. Em todos eles a maioria avalia os serviços como “razoáveis”, no entanto, nos parâmetros de “resposta às avarias” e “tratamento de reclamações” a avaliação é “razoável” mas com tendência para o “mau”. Muitas empresas, especialmente as que não têm gestor de conta, queixam-se do “contacto muito impessoal que é falar com alguém que atende no call center para registar uma avaria que, além disso, não sabe dar informação concreta do que se está a passar no terreno”. Não compreendem ainda o facto de a EDP não assumir os custos dos prejuízos causados nas empresas pelo deficiente fornecimento de energia eléctrica. Este inquérito foi realizado pela NERLEI entre os dias 5 e 8 de Janeiro, por telefone, a 413 empresas, de um universo total de 668. Francisco Gomes

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Bombeiros caldenses responderam a 112 ocorrências

A depressão Martinho causou danos significativos no concelho das Caldas da Rainha entre as nove horas da manhã de dia 19 e as oito da noite de dia 22, com os bombeiros a responderem a 112 ocorrências, que envolveram 455 operacionais e 130 veículos, ao longo de 113 horas de “muito trabalho em circunstâncias bem difíceis, para ajudar os caldenses e garantir a sua segurança”, transmitiu o comandante da corporação caldense, Nelson Cruz.

vidais2novo

Encerramento de espaços na Serra de Montejunto

Na sequência dos danos provocados pela depressão Martinho, a Real Fábrica do Gelo, o Parque das Merendas, o Centro de Interpretação Ambiental, o bar e o Parque de Campismo na Serra de Montejunto, no Cadaval, encontram-se encerrados por não reunirem as condições de segurança necessárias.

montejunto