O acaso, ou talvez não, fez com que no dia 14 de Fevereiro – Domingo de Carnaval e Dia dos Namorados, assistisse/participasse na Santa Missa em Alfeizerão. Eram 10,30 duma gélida manhã e, dadas as circunstâncias festivas, imaginei uma Igreja meia vazia, com idosos e santas senhoras que piedosamente ali iriam cumprir o seu preceito do Dia do Senhor. Enganei-me completamente, a Igreja estava repleta de fiéis de todas as idades, uma comunidade bem viva na fé, plena de alegria e muitos, muitos jovens. Afinal era a “Festa da Vida” e fiquei a saber que o 8º ano da Catequese estava ali em pleno. De forma muito adequada e dinâmica leram textos, recordaram Santos como exemplos a seguir e, ao som dumas lindas músicas, foram apresentando a Deus e à comunidade todo o seu amor, empenho, trabalho e oração. Saí a pensar: Todos dizem que a juventude está em crise e perdida, será mesmo assim? Talvez alguns, muitos, nomeadamente aqueles jovens que não têm a felicidade de ter ao seu redor adultos crescidos, maduros e bem formados que os saibam encaminhar no sentido do bem, dos valores e da alegria numa fé partilhada e vivida em pleno. Parti e segui o meu caminho, mas não me vou esquecer daquela “mágica Missa” e da alegria espelhada no rosto dos jovens ao receberem das mãos do Sacerdote uma simbólica Cruz – sinal de mais para cima e para o lado – sinal de amor a Deus e do dever de Missão, a que qualquer cristão está chamado a cumprir na sua vida. Acredito que vale a pena e, por isso, ouso felicitar todos os catequistas, pais, avós, professores e educadores em geral pelo excelente trabalho e exemplo que deram. O poeta dizia que tudo vale a pena quando a alma não é pequena, eu acrescento: vale a pena porque Deus é grande, precisa do nosso amor e conta com todos na nobre missão de evangelizar o mundo, nomeadamente neste tempo de crises que estamos a atravessar. Vale a pena! Vale a pena! Maria Susana Mexia