O eurodeputado socialista Capoulas Santos defendeu em Torres Vedras que as ajudas aos agricultores do Oeste afectados pelo mau tempo deverão ir além da linha de financiamento de cinquenta por cento a fundo perdido. “O Governo deve estudar as possibilidades de ir um pouco mais longe no tipo de apoios”, afirmou aos jornalistas Capoulas Santos, ex-ministro da Agricultura. “É muito difícil para uma pessoa ter mais endividamento para refazer o investimento e só depois ser ressarcido”, justificou, tendo também em conta que houve investimentos recentes para os quais os agricultores já recorreram ao crédito. Capoulas Santos, que visitou estufas e uma pecuária afectadas pelo mau tempo de quarta-feira, considerou também importante que o Governo entre em “negociações com a União Europeia no sentido da flexibilização do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural)”, para haver um acesso mais rápido ao financiamento comunitário. Capoulas Santos defendeu ainda que o Ministério do Trabalho “deve equacionar durante um curto período programas específicos ocupacionais ou de formação profissional” para trabalhadores do sector agrícola, uma vez que “não há produção nem matéria-prima para embalar e transformar” nas centrais de distribuição dos produtos hortícolas. “Os apoios dados a esta região têm de ser muito rápidos. O que está em causa são as próximas campanhas agrícolas”, disse o presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, Pedro Mota Soares, sublinhando que a fileira hortofrutícola “é um sector exportador e acima de tudo evita a importação”, tornando-o prioritário para a economia. O Director Regional da Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo revelou na semana passada que os prejuízos no sector agrícola devido ao temporal ascendem a 40 milhões de euros e que estão em causa mil postos de trabalho. Estes números são “de grande relevância”, sublinhou José Canha. “Para repor o potencial produtivo é preciso pagar” de imediato, defendeu o responsável, admitindo que os agricultores estão sem capital para investimentos. Quarenta por cento dos 600 hectares de estufas da região Oeste “estão destruídos na sua totalidade e outros 40 por cento com destruição parcial”, afectando sobretudo a fileira dos hortícolas, descreveu o director regional da Agricultura, que apontou igualmente a destruição de 100 hectares de abrigos de morangos, o que “afecta o potencial produtivo” da cultura. O temporal levou os telhados de várias explorações pecuárias, pondo em causa o abrigo dos animais, e causou estragos em armazéns de apoio à actividade agrícola.
Sector agrícola sem dinheiro para investimentos
6 de Janeiro, 2010
O eurodeputado socialista Capoulas Santos defendeu em Torres Vedras que as ajudas aos agricultores do Oeste afectados pelo mau tempo deverão ir além da linha de financiamento de cinquenta por cento a fundo perdido. “O Governo deve estudar as possibilidades de ir um pouco mais longe no tipo de apoios”, afirmou aos jornalistas Capoulas Santos, […]
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