Um agente da PSP da Brandoa (Amadora) começa nesta quinta-feira a ser julgado no Tribunal do Cartaxo, acusado de homicídio simples e profanação de cadáver. A vítima foi o seu cunhado, um carpinteiro natural da Benedita. A mulher da vítima é também arguida. Responde pelo crime de profanação de cadáver. Luís Fernandes, de 36 anos, terá sido morto à pancada, com recurso a um objecto, em casa, em Vale Ceisseiro, Alcoentre, pelo irmão da sua mulher, na noite de 17 de Novembro de 2008. O cadáver terá depois sido transportado pelo suspeito, numa carrinha BMW, propriedade de um irmão da vítima, para a Serra de Montejunto. Ali, o agente da PSP terá simulado um acidente de viação, lançando o corpo no interior de uma viatura em chamas, que foi posteriormente empurrada para uma ravina com mais de 70 metros, na curva do Furadouro, numa estrada florestal entre Abrigada e Pragança. Quando os bombeiros do Cadaval conseguiram apagar o fogo e chegar ao carro depararam-se com um cadáver completamente carbonizado. Facturas encontradas na borda da estrada, junto ao precipício, ajudaram a identificar o corpo. Luís Fernandes era carpinteiro na serração “José Rafael”, de Rio Maior, onde trabalhava desde Setembro de 1999. Estava casado há doze anos com Célia Ferreira, de 33 anos, de quem tinha uma menina de dez anos, mas desde Março de 2007 que já não vivia com a esposa nem com a filha, devido ao processo de divórcio litigioso em curso. Por dividir com a mulher existia um apartamento nas Caldas da Rainha. “Fiquei em estado de choque. Estou apática”, afirmou na manhã seguinte ao aparecimento do corpo Célia Ferreira, a esposa de Luís Fernandes, adiantando que “a GNR de Aveiras de Cima ligou-me de manhã a dizer que tinha havido um acidente e que era preciso ir ver o carro”. “Não sei se o corpo é do Luís e estou no completo desconhecimento do que se terá passado”, referiu, quando confrontada com a série de pesquisas efectuadas pela PJ. “Andaram a ver o chão todo à volta de casa. Não entraram porque eu não tenho a chave. Acho estranho e não sei o que estão a insinuar”, manifestou. No conjunto de perícias efectuadas pela PJ, foi também analisado o carro em que se fazia transportar a esposa e que estava dentro da garagem da casa da mãe. Na ocasião o irmão do carpinteiro manifestava acreditar que havia mais do que uma pessoa envolvida no homicídio. “Havia muito sangue espalhado no hall de entrada da casa e dá ideia que tentou fugir pelos vestígios espalhados pelo pátio, passeios e debaixo de uma árvore. Houve uma luta muito grande e não era só um indivíduo. Alguém imobilizou-o e deixou-o inconsciente e depois matou-o ou cometeu o crime na residência”, relatou Fernando Faustino. “Tinha estado a jantar com ele e depois ele levou o meu carro. Terá chegado a casa por volta das onze da noite e o crime aconteceu logo a seguir, porque o carro foi descoberto incendiado na Serra do Montejunto pouco depois da meia-noite”, indicou. “Quem atirou o carro pela falésia estava acompanhado, porque não saía do local a pé”, comentou Fernando Faustino. A investigação demorou cinco meses e exames laboratoriais permitiram chegar ao suspeito. O polícia, Mário Ferreira, de 27 anos, terá assumido a autoria da morte do cunhado quando foi inquirido pelos inspectores da Polícia Judiciária. O juiz de turno do Tribunal do Cadaval decretou em Abril de 2009 a medida de coacção mais gravosa. O suspeito ficou em prisão preventiva por suspeitas de ter assassinado e simulado um acidente para tentar ocultar a morte do cunhado. Incorre numa pena que pode ir entre os 8 e os 16 anos. Francisco Gomes (texto)
Polícia suspeito de ter morto cunhado começa a ser julgado
6 de Janeiro, 2010
Um agente da PSP da Brandoa (Amadora) começa nesta quinta-feira a ser julgado no Tribunal do Cartaxo, acusado de homicídio simples e profanação de cadáver. A vítima foi o seu cunhado, um carpinteiro natural da Benedita. A mulher da vítima é também arguida. Responde pelo crime de profanação de cadáver. Luís Fernandes, de 36 anos, […]
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