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Desempregados eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego

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O desemprego registado divulgado mensalmente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) não inclui a totalidade dos desempregados, pois não abrange os desempregados que não tomaram a iniciativa de se inscreverem nos Centros de Emprego. E há muitos desempregados nesta situação. Mesmo assim o IEFP procura reduzir todos os meses os números do desemprego […]
Desempregados eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego

O desemprego registado divulgado mensalmente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) não inclui a totalidade dos desempregados, pois não abrange os desempregados que não tomaram a iniciativa de se inscreverem nos Centros de Emprego. E há muitos desempregados nesta situação. Mesmo assim o IEFP procura reduzir todos os meses os números do desemprego registado, eliminando milhares de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego para assim reduzir a gravidade da situação aos olhos da opinião pública e justificar a falta de medidas. Foi isso o que aconteceu em Novembro de 2009, como vamos provar utilizando dados divulgados também pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. De acordo com a “Informação Mensal do Mercado de Emprego” de Novembro de 2009 (a nº 11 de 2009) divulgada pelo IEFP, o número de desempregados registados nos Centros de Emprego, em 30.11.2009, atingiu 523.680 quando, no mês anterior (Outubro/2009), era 517.526, o que não deixa de ser um número muito elevado com um crescimento contínuo (entre Nov2008 e Nov2009, aumentou em 115.082). No entanto, mesmo este elevado número de desempregados – 523.680 – só não é muito maior porque o IEFP faz todos os meses uma “limpeza” sistemática dos ficheiros dos Centros de Emprego, não se dando ao trabalho de apresentar qualquer justificação na “Informação Mensal” que publica (por exemplo, indicando as razões). No último dia de Outubro de 2009 existiam registados nos ficheiros dos Centros de Emprego 517.526 desempregados de acordo com o próprio IEFP. Durante o mês de Novembro inscreveram nos Centros de Emprego mais 61.204 desempregados, e os Centros de Emprego colocaram (arranjaram emprego) para 5.549 desempregados. Portanto, se somarmos aos 517.526 desempregados que transitaram de Outubro para Novembro o número de desempregados que se inscreveram durante o mês de Novembro (61.204) e se depois retirarmos à soma assim obtida aqueles que os Centros de Emprego arranjaram emprego (5.549), obtém-se 573.181, que era o número de desempregados que deviam existir no fim de Novembro de 2009. No entanto, o IEFP divulgou na sua “Informação Mensal do Mercado do Trabalho” que estavam inscritos nos Centros de Emprego no fim do mês de Novembro apenas 523.680 desempregados, o que significa que desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego 49.501 desempregados (573.181-523.680), sem que o IEFP apresentasse qualquer justificação na “Informação” que divulgou. Esta recusa do IEFP em apresentar as razões da eliminação de um número tão elevado de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego, só pode ser interpretada ou que as razões não são suficientemente consistentes e convincentes para poderem ser divulgadas, ou então porque espera que a opinião pública e os media não notem a diferença, o que infelizmente tem acontecido. Desta forma procura-se ocultar a gravidade da situação social e justificar a falta de mais medidas para combater o problema social mais grave do País. O crescimento rápido do desemprego associado ainda a uma eventual ocultação de uma parte dele é ainda mais grave se se tiver presente que o apoio aos desempregados é insuficiente e está a diminuir. Entre Setembro e Outubro de 2009, o número de desempregados a receber subsídio baixou de 350.822 para 346.689, o que corresponde a uma percentagem cada vez menor do total de desempregados. Eugénio Rosa Economista

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