Uma loja de antiguidades e artigos de joalharia no centro da cidade das Caldas da Rainha foi assaltada na madrugada da passada quarta-feira, tendo os larápios utilizado um simples mas sofisticado esquema para silenciar o alarme do estabelecimento, recorrendo a espuma, o que impediu o alerta dos poucos moradores na Rua Henrique Sales. O facto da loja Ouro Velho se situar numa das principais ruas da cidade não impediu a concretização do assalto, ocorrido pelas três e meia da manhã. A caixa do alarme, instalada no exterior a três metros de altura, foi coberta com espuma de polietileno, isolando qualquer ruído. Ultrapassado o problema do alarme, que também não estava ligado a nenhuma central de segurança, os larápios forçaram o gradeamento com um pé de cabra e partiram a porta de vidro. Só esse barulho terá alertado a vizinhança, que chamou a PSP. Mas já era tarde, porque em escassos instantes os assaltantes entraram na loja e remexeram o interior. “Foi tudo muito rápido e levaram o que estava à mão, fora das vitrinas. Tentaram forçar um móvel e devem ter ficado bloqueados com o sistema de segurança na montra, por isso só roubaram uma caixa com anéis e fios em ouro”, revelou ao JORNAL DAS CALDAS Manuel Pereira, o proprietário. “Dantes, porta sim porta não, as lojas em redor tinham sofrido assaltos, agora são quase todas”, lamentou.   Tentativa de assalto em ourivesaria   Momentos antes os meliantes terão tentado assaltar a Ourivesaria Fernandes, na Rua das Montras. “Forçaram a cortina de segurança com um pé de cabra, mas não conseguiram levantá-la e por isso não entraram. As calhas da cortina ficaram danificadas mas os alarmes não foram accionados”, relatou o ourives Fernando Oliveira. “Pela lógica devem ter ido depois à outra loja”, indicou. “O centro da cidade não tem ninguém à noite, está completamente vazia e é difícil termos segurança. Quando não passa ninguém torna-se um alvo mais fácil para este tipo de situações e agora em dias de temporal ainda é pior”, manifestou. “Estamos sempre com o coração nas mãos porque é o nosso ganha-pão”, desabafou, reclamando “policiamento mais frequente nas ruas”.   Francisco Gomes