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Sessão sem tabus no Colégio Rainha D. Leonor

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Educação sexual nas escolas vai ser fiscalizada   “A esmagadora maioria dos casais não sabe fazer sexo. A única coisa que consegue criar um vínculo entre um casal é o sexo. Sem essa prática de uma forma satisfatória, dificilmente funcionarão de uma forma saudável e feliz”. Quem o disse foi Quintino Aires, psicólogo, sexólogo e […]
Sessão sem tabus no Colégio Rainha D. Leonor

Educação sexual nas escolas vai ser fiscalizada   “A esmagadora maioria dos casais não sabe fazer sexo. A única coisa que consegue criar um vínculo entre um casal é o sexo. Sem essa prática de uma forma satisfatória, dificilmente funcionarão de uma forma saudável e feliz”. Quem o disse foi Quintino Aires, psicólogo, sexólogo e psicoterapeuta, habituado a trabalhar com sexo conjugal, e muitas vezes solicitado para emitir pareceres psicológicos sobre a sexualidade em geral. Sem tabus e preconceitos, falou durante duas horas sobre a importância da mudança de mentalidade em relação ao sexo. Foi o convidado na sessão de Escola de Pais do Colégio Rainha D. Leonor com o tema “A Educação Sexual nas Famílias”, que decorreu no passado dia 4, nas instalações da escola. Segundo o psicólogo, é extremamente difícil falar de educação sexual porque requer um “grau de exigência muito grande”. Para Quintino Aires, o tabu do sexo ainda existe. “A humanidade tem dificuldade em lidar com a sexualidade. E aqui sim, surge a norma social que pode impedir o ser humano de fazer um certo número de coisas próprias da sua natureza. Isto pode provocar desvios, e destrói uma família que poderia ser feliz”, explica Quintino Aires. O sexólogo aconselha os pais a falarem abertamente com os filhos sobre sexo, sem tabus. “Já chega de obscuridade ao sexo quando ninguém falava o que sentia e sobre as suas práticas”, sublinhou.   Segundo este profissional, “50 por cento das mulheres não sabem masturbar-se e não sabem descobrir o seu corpo”, apontou, referindo que “a masturbação é um processo natural como respirar”.     Outra preocupação deste psicólogo é que uma grande percentagem dos homens perde a erecção quando introduz o preservativo, incentivando os pais a ensinarem os filhos a masturbarem-se com o preservativo. Questionado sobre como se aprende a fazer sexo, Quintino Aires diz que o melhor truque é através da Internet, procurando pequenos filmes pornográficos em que “os dois possam olhar e dizer em conjunto, eu acho que aquilo me agradava, ou eu acho que aquilo não me agradava e aos poucos irem descobrindo o que agrada aos dois, e aos poucos explorarem aquilo que é agradável para ambos”, explicou, acrescentando que “é necessário criar aquele vínculo que faz com que aqueles dois adultos construam verdadeiramente aquilo que nós desejamos que seja uma família, que é sem dúvida nenhuma a unidade mais fascinante da nossa sociedade”.  O sexólogo aconselha o uso de artigos como revistas, filmes, vibradores, roupa interior de fantasia para despertar o interesse sexual, culpabilizando a péssima educação sexual existente como sendo a grande causa das pessoas não saberem usar a imaginação no sexo. Segundo o psicólogo clínico, uma das novidades deste ano lectivo é a aplicação da nova lei da educação sexual, aprovada na Assembleia da República, que estabeleceu o regime de aplicação de educação sexual em meio escolar no ensino básico e secundário com uma carga horária de 12 horas. Quintino Aires tem grandes expectativas para esta nova lei. “Há uma lei desde 1985 sobre a obrigatoriedade da educação sexual nas escolas, mas esta não existe ainda”, revela o psicólogo, acrescentando que “o conhecimento existente é sobre reprodução e doenças sexualmente transmissíveis”. O psicólogo adiantou que a nova lei é muito parecida com a de 1985, no entanto, exige a obrigatoriedade da educação sexual nas escolas. “O Governo vai nomear uma comissão que tem até Agosto de 2011 de apresentar um relatório à Assembleia da República mostrando se de facto as escolas introduziram educação sexual ou não”, revelou. No seu entender, uma grande vantagem dessa comissão, “é que as escolas vão se sentir obrigadas a introduzir a educação social porque sabem que vai lá alguém ver o que estão a fazer”. Segundo Quintino Aires, durante 25 anos “as escolas não se movimentaram nisso e desde Setembro até agora tem havido uma quantidade de pedidos de acção de formação na área da sexualidade”, apontou.   Com esta nova lei, o psicólogo espera que as escolas a respeitem e que não haja desculpas por parte dos professores pelas “dificuldades que todos nós temos em falar de sexo”. O psicólogo, que já percorreu vários estabelecimento, de ensino e fica surpreendido quando colegas ficam embaraçados quando lhes diz que “não faz mal abraçar um colega ou dar um beijo a um amigo”, revelando a falta de afectividade nomeadamente entre amigos ou familiares do sexo masculino.  A professora de ciências naturais e biologia, e também uma das responsáveis do projecto de saúde do Colégio Rainha D. Leonor, Cristela Romão, iniciou esta sessão de Escola de Pais, referindo que a educação social é da responsabilidade dos pais, sublinhando “o facto da Escola também ter um papel importante no tema”. Revelou que no Colégio já iniciaram as aulas de educação sexual em todas as turmas. Segundo esta docente, os conteúdos têm a ver com a faixa etária dos alunos e o ano de escolaridade. “Neste momento já abordamos o que é a sexualidade, a parte conceptual, a puberdade, o ciclo menstrual e a reprodução, no segundo e terceiro período vamos abordar a parte das emoções”, disse a professora, revelando que depois de ouvir os conselhos de Quintino Aires vão certamente fazer o seu melhor na área da educação sexual. Joaquim Maria Quintino Aires nasceu em Nisa, a 6 de Agosto de 1967. Psicólogo Clínico, exerce nas áreas da Psicoterapia e Neuropsicologia. Licenciou-se e obteve o grau de mestre em Psicologia na Universidade de Lisboa, prepara uma tese de doutoramento em Psicolinguística na Universidade Nova de Lisboa e completa a sua formação de psicólogo com estudos de Neurociências, Antropologia e Linguística. Desde 1991 leccionou em várias universidades portuguesas, sendo actualmente docente na Universidade Autónoma de Lisboa. Em 1996 fundou o primeiro instituto para a profissionalização de psicólogos clínicos. Colabora com várias universidades estrangeiras e ensina psicoterapia em Lisboa, São Paulo e Madrid. Desde 1998 colabora regularmente em programas de televisão, nomeadamente Fátima Lopes (SIC), Especial Informação (TVI), Elas em Marte (SICMulher), Você na TV (TVI), 6teen (SICMulher), Prova de Amor (RTP) e Contacto (SIC). No dia 5 de Fevereiro irá decorrer outra sessão de Escola de Pais, no Colégio Rainha D. Leonor, com o tema “Bullying”, que compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adoptadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder.  Marlene Sousa

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