Caldas: 5 A-dos-Francos: 0   Ao virar da 1ª volta da 1ª fase do Campeonato Distrital de Juvenis, o Caldas recebeu e venceu a equipa de A-dos-Francos por 5-0. Numa primeira análise ao jogo, poder-se-á concluir que, em virtude do expressivo resultado, o Caldas venceu sem grande oposição adversária. Puro engano. Tendo em conta a veia goleadora demonstrada pelos caldenses nos últimos três desafios (17-3), os visitantes abordaram este encontro com elevadas cautelas defensivas. Actuando em 1x4x5x1, contrariavam o modelo apresentado como vem sendo hábito do Caldas, 1x4x3x3. Povoando densamente o meio campo, encurtando espaços, utilizando marcação à zona e defendendo quase sempre com uma cortina de 9 elementos atrás da linha da bola, os visitantes retardavam as intenções caldenses. As dificuldades de penetração na área adversária eram notórias, sendo várias vezes necessário recorrer a lançamentos longos na procura das alas que, dando pouca largura ao jogo, concluíam sem êxito. O meio campo caldense uma vez mais demonstrou enormes carências na construção de jogo sempre que lhe são reduzidos os espaços, mesmo considerando que a equipa de A-dos-Francos alguma vez tenha colocado em perigo as redes locais. Eram claras as suas intenções: retardar ao máximo a inauguração do placard. Até que aos 12′, numa arrancada diabólica de João Gaspar e sem hipóteses para o guardião contrário, o Caldas colocava-se na posição de vencedor. Julgava-se, que aberto o caminho, o score aumentasse com normalidade. Todavia, o estoicismo dos atletas de A-dos-Francos e o “deixar andar” por parte do colectivo caldense, premiou a equipa forasteira, que levou para o intervalo um resultado que inquietava as hostes caldenses. No segundo tempo, como que despertados pelo fraco rendimento desenvolvido nos primeiros 40′ de jogo, os jovens alvi-negros evidenciavam clara melhoria do seu jogo. Circulação de bola a toda a largura do campo a 2/3 toques e rápidas movimentações ofensivas, deixavam em alerta constante os defensores contrários. Desta forma, aos 56′, numa incursão pelo flanco direito, Pedro Aires, num remate rasteiro cruzado ao poste mais longe do guarda-redes, conclui com êxito um lance de belo recorte técnico, elevando para 2-0. As alterações operadas na equipa caldense com as entradas de Perdiz, Francisco Jorge e mais tarde, de Jorge Reis, agitaram ainda mais as águas e desta “turbulência” resultaram até final do encontro mais três golos, apontados por Gaspar aos 60′, Perdiz aos 74′ e novamente Gaspar à passagem do minuto 80. Vitória justa do Caldas que, longe de atingir um nível exibicional consentâneo com o valor dos seus atletas, conseguiu atingir o objectivo mínimo, que seria a conquista dos 3 pontos.