Os Serviços Sociais da PSP já emprestaram, em ano e meio, cerca de dois milhões de euros a agentes da polícia a juros baixos para os ajudar a resolver problemas de desconjuntura familiar. A revelação foi feita pelo director nacional da PSP, Oliveira Pereira, que esteve presente na colónia de férias da polícia no Baleal, nas comemorações dos 50 anos dos Serviços Sociais da PSP, no passado dia 26. “A estratégia é ajudarmos o maior número de beneficiários para que resolvam os seus problemas de recursos financeiros e problemas familiares. O apoio financeiro já está a ser feito. Há um número significativo de agentes a pedirem este apoio. Para nós basta haver um para termos um problema que queremos resolver”, declarou. Oliveira Pereira revelou que já foram emprestados “há um ano e meio, a uma taxa de juro bonificado, cerca de dois milhões de euros”, mas com isto não quis comentar o facto dos sindicatos dizerem que os agentes ganham mal. “Isso é outra questão. Esta, dos empréstimos, é da minha responsabilidade e eu defiro, a outra é da responsabilidade do Governo”, rematou. “O que mais me preocupa é o alojamento dos agentes que saem da escola prática e vão para Lisboa. O número significativo de pessoas que fica desamparada. Há um parecer da tutela e nós temos um sítio mais ou menos escolhido para a curto prazo para resolver este problema”, indicou. Porém, para resolver este problema do alojamento, os Serviços Sociais pretendem erguer um edifício novo, mas actualmente “há duas hipóteses a considerar, embora estejamos mais indicados para a Alta de Lisboa”, explicou o director nacional, uma vez que há agentes a partilharem actualmente apartamentos com jovens estudantes. Os Serviços Sociais da PSP vão ainda este ano disponibilizar alojamento em Lisboa para polícias deslocados da sua área de residência e que estejam em situação económica difícil, revelou o presidente deste organismo autónomo da polícia. José Matos Torres explicou que diversas casas que pertencem ao património desta instituição, e que até aqui eram ocupadas por familiares de antigos polícias, estão a ser requalificadas para servirem de alojamento apenas para profissionais no activo que estejam deslocados e a prestar serviço na área de Lisboa. “Estamos a libertar dez casas T3 e vamos libertar outras dez casas T4, o que marca uma reorientação dos Serviços Sociais em Lisboa”, adiantou, acrescentando que cerca de 80 polícias vão ser realojados até ao próximo ano. “Os problemas económicos dos polícias, sobretudo os que estão em início de carreira e que estão deslocados das suas famílias, têm sido uma preocupação da instituição”, referiu, tendo em conta um universo de oito mil agentes destacados em Lisboa, o maior número de casos problemáticos. Os Serviços Sociais da PSP, fundados em 31 de Dezembro de 1959, têm por missão “assegurar a complementaridade material, cultural e moral de profissionais com especiais exigências em termos de risco, disponibilidade e de mobilidade e com índices excepcionais de desgaste físico e psicológico, reclamando um apoio social com diversas especificidades que lhes assegure igualmente o exercício digno, independente e solidário das funções de autoridade pública, contribuindo ao mesmo tempo para a coesão, auto-estima e identidade institucionais”. Nas comemorações dos 50 anos dos Serviços Sociais da PSP no Baleal estiveram presentes o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Conde Rodrigues, e o presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia. Carlos Barroso
Comemorações dos 50 anos dos Serviços Sociais da PSP no Baleal

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