O Bloco de Esquerda (BE) das Caldas da Rainha apresentou os cabeças de listas às eleições autárquicas na sua sede de campanha, no Centro Comercial Avenida, num clima de festa. O BE pela primeira vez concorre às 16 freguesias, num total de 200 candidatos, o que valoriza o trabalho desenvolvido no concelho uma vez que passaram de quatro candidaturas em 2005 para 16 em 2009, num “acto histórico”, afirmou João Pedro, um dos primeiros militantes do BE nas Caldas. Fernando Rocha, número um à Assembleia Municipal, foi o primeiro a usar da palavra, onde evidenciou “a pujança dos militantes e simpatizantes”, classificando que toda esta movimentação “é já uma vitória”. “Concorremos a todas as freguesias do concelho e vamos lutar contra o poder absoluto do PSD. Onde concorro, a Assembleia Municipal, é a casa da democracia caldense. A maioria absoluta é algo Jardinista, que ao longo de muitos anos não tem deixado assumir a democracia por influência do PSD e de Fernando Costa”, afirmou, acrescentando que “até ao dia 11 de Outubro vamos dar o nosso melhor para com o BE e o seu reforço, a autarquia ganhe mais esquerda e mais livre fique da canga absolutista do PSD”, declarou. Depois seguiu-se a apresentação do programa para todas as freguesias, onde Lino Romão explicou cada um dos tópicos aos seus colegas candidatos. Da parte do candidato à Câmara Rui Calisto, foi admitido que “nos últimos 24 anos as Caldas perderam qualidade no comércio e no turismo. A culpa é do partido que está no poder há tantos anos, porque não consegue definir estratégias para atrair investimentos e atrair turistas e manter as fábricas abertas e os alunos que aqui se formem fiquem por cá”. Rui Calisto é da opinião que gerir uma cidade “é muito mais do que fazer rotundas e asfaltar ruas antes da campanha eleitoral. É preciso pensar na população e nas suas necessidades mais básicas. Seriedade no comércio tradicional para espantar a crise. Grande campanha de prevenção para a indústria para evitar que encerrem porta e deixem centenas no desemprego”. “As Caldas da Rainha estão a perder a sua identidade pelo fracasso das Termas e o marasmo político leva ao adormecimento dos eleitores e leva-nos a tomar medidas sérias. Tirar o PSD do poder. Para isso a inteligência tem de dominar e vencer a arrogância e a ignorância. A elaboração de um programa político impar é preciso. O BE das Caldas tem esse programa e a solução para os maiores problemas do concelho”, argumentou ainda. O candidato do Bloco apresentou a intenção de “criar uma Faculdade de Medicina a instalar nos Pavilhões do Parque”, numa forma de “recuperar o equipamento” e de o potenciar “como motor de desenvolvimento a médio e longo prazo”. Pretende também criar a marca da Praça da Fruta. Carlos Barroso