O vereador José Machado, do PS, emitiu um comunicado para denunciar “a redução da quantidade de árvores no concelho de Óbidos”, mais em concreto no Bom Sucesso. “A Câmara de Óbidos prometeu 5 milhões de novas árvores, mas a verdade é que hoje há menos do que quando foi feito esse anúncio, há cerca de 2 anos”, sustenta. O vereador José Machado diz ter chamado a atenção, em sessão de Câmara, há mais de um ano, para o facto de estarem a ser derrubadas milhares de árvores, no Bom Sucesso, antes de ser emitido o alvará de construção das infra-estruturas de um empreendimento turístico, alertando então para “as consequências ambientais e também para as dificuldades financeiras que teria a promotora do empreendimento Royal Óbidos, tendo o presidente Telmo Faria tentado desmentir a realidade que, infelizmente, se veio a confirmar”. “Devido a dificuldades financeiras, a promotora do empreendimento turístico que ficará próximo dos depósitos de água entre a Turisbel e os Covões, ainda não conseguiu obter a necessária garantia bancária para poder ser emitido o alvará das obras”, argumenta ainda. Contactado pelo JORNAL DAS CALDAS, o presidente da Câmara, Telmo Faria, respondeu que “o senhor vereador José Machado tenta, deliberadamente, distorcer a realidade e ataca o investimento e os investidores no concelho, o que, numa ocasião em que precisamos de mais empregos para as pessoas, é verdadeiramente inacreditável”. “Primeiro, informe-se as pessoas que a plantação de 5 milhões de árvores não foi um anúncio, mas a previsão do que será feito nos 600 hectares de área verde do novo PDM para a zona, após a corajosa suspensão do actual plano, em Fevereiro de 2008, pelo actual Executivo. Como todas as pessoas sabem, incluindo o senhor vereador, a alteração ao PDM está há meses dependente de respostas da CCDR LVT. Logo que a Administração Central, tutelada pelo partido que apoia este candidato, conclua a avaliação ambiental estratégica, poderemos avançar para a execução do plano onde vamos implantar um grande parque público para usufruto da população, o que vai proteger as margens da Lagoa de Óbidos e substituir uma floresta de produção (pasta de papel) por uma floresta de protecção, criando um grande pulmão verde na área, em vez da construção que o PS de Óbidos tentou promover para aquela área no passado”, descreve Telmo Faria. Sobre o arranque de árvores (eucaliptos), “tratou-se de uma operação de limpeza do terreno, sem qualquer movimento de terras, que seguiu todos os procedimentos ambientais recomendáveis tecnicamente, com redução na libertação de CO2, ao fazer-se a trituração e a posterior incorporação como matéria orgânica no solo”. “Só posso reter destas afirmações um lamentável ataque ao investidor e ao investimento Royal Óbidos, difamando-o, e procurando enfraquecê-lo, ao dizer, levianamente, que tem “dificuldades financeiras” e indo ao ponto de mentir publicamente ao dizer que “ainda não conseguiu obter a necessária garantia bancária para poder ser emitido o alvará de obras”, o que é falso, pois o promotor fez o requerimento para levantar o alvará no dia 27 de Julho (há dois meses) e já possui a licença, estando previsto o início de obras de infra-estruturas ainda este ano”, manifesta Telmo Faria. “É muito grave um candidato a presidente da Câmara fazer este tipo de calúnias públicas. Os investidores que criam emprego e têm projectos de qualidade não devem ser atacados, mas sim apoiados pela sua autarquia. Ao fazer isto, José Machado mostra, claramente, que não merece a confiança dos eleitores e que a sua estratégia principal é apenas atacar tudo e todos, seja o presidente da Câmara ou os presidentes de Junta, como os empresários que apostam em Óbidos. É inacreditável: depois da sua candidatura atacar duas grandes empresas que trouxemos para Óbidos, como a Janela Digital e a Ambisig, vem o próprio atacar uma das maiores empresas portuguesas, a MSF, promotora do Royal Óbidos, que, ao levantar o alvará no meio da crise, demonstra uma grande capacidade de investimento e cria um ambiente de confiança para o nosso futuro”, declara o presidente da autarquia. Francisco Gomes