Ora bem, tal como nas refeições a comida ainda está a chegar ao estômago a caminho de ser digerida, mas, mesmo antes de (dito de outro modo) o pó assentar, já é possível tirar bastantes conclusões. Em primeiro lugar importa dizer que, mais do que o PSD ter ganho, foi o PS que perdeu. A vitória do PSD foi percentualmente escassa (igual a outras suas humilhantes derrotas), porque o que marcou a noite eleitoral foi a esmagadora derrota do PS e particularmente de José Sócrates (com os 31,7% da vitória do PSD é normal perderem-se eleições e com os 26,6% do PS mais ainda). Todavia, não ignorando que a vitória foi apesar de tudo do PSD (que também beneficiou do voto de protesto contra o autoritarismo absolutista do PS) é notável o crescimento do Bloco de Esquerda, que passa a terceira força política e que em conjunto com a CDU/PCP soma 21,5%. Na política portuguesa este dado, que as sondagens já indiciavam, é o facto verdadeiramente novo e que traduz a predisposição popular (dos sectores mais esclarecidos e combativos da nossa sociedade) para a luta, contra uma situação política que se está tornando cada vez mais insustentável, para largas camadas da nossa população, cansada de uma crise que também se forja (e muito) com políticas de direita, completamente erradas e que penalizam os mais humildes. O Bloco de Esquerda é, assim, um dos grandes vencedores da noite e a força que mais cresce e melhor resiste a uma política conformista e sem esperança, protagonizada por um PS, tomado por dentro pela direita. No Bloco reside a esperança de um Portugal mais justo e solidário, em torno de um BE, que é uma esquerda coerente e consequente, mas que é, também, uma esquerda profundamente democrática, não dogmática, que aprende com o caminho que vai, com passada firme percorrendo. Na minha cidade (de Caldas) e no meu distrito (de Leiria) o Bloco foi, também, um vencedor. Nas Caldas tivemos um resultado extraordinário (12,29%) e no distrito com perto de 16000 votos e com uma percentagem de 10,26%, passando a ser, tanto nas Caldas como no distrito, a terceira força política, ganhamos balanço para a eleição de um deputado nas próximas Legislativas. Não embandeirando em arco, mas com os pés bem assentes no terreno que pisamos, olhamos para as próximas batalhas com a esperança que se alicerça na confiança que os eleitores, agora, em nós depositaram, pelo trabalho que fizemos e por tudo aquilo que, com eles e por eles (o povo que resiste, quer combater e sofre políticas de injustiça) nos comprometemos a fazer. Fernando Rocha
As Europeias a quentes
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