A Dança marcou o primeiro aniversário do CCC das Caldas da Rainha, a 15 de Maio, com a apresentação do “Feminine”, da Companhia Paulo Ribeiro. Um dos coreógrafos portugueses mais conceituados, criou este novo espectáculo de Dança Contemporânea a partir de textos de Fernando Pessoa. Depois de “Masculine”, apenas com bailarinos homens, Paulo Ribeiro decidiu produzir uma versão feminina com quatro bailarinas e uma actriz. A bola de futebol deu lugar aos saltos altos e a energia masculina ao belo estético, que emociona, que marca e não passa. Cinco mulheres (Leonor Keil, São Castro, Elisabeth Lambeck, Erika Guastamacchia e Margarida Gonçalves) e Fernando Pessoa. As palavras do poeta desafiam as delas, que se deixam perder pelas suas próprias narrativas.?A poética do movimento feminino percorre a peça, misturada com o ardor colocado em cada gesto.?Neste universo pessoano elas preocupam-se com o cabelo, usam saltos altos, desdenham do homem e dançam com os corpos que transpiram sensualidade. Paulo Ribeiro quis explorar o sentido de humor do poeta. “A forma como ele olha para a mulher é estranha”, comentou. No final o público saiu de sorriso nos lábios. Isabel Baptista, das Caldas da Rainha, ficou encantada. “Pareceu-me uma forma de abordar Pessoa perfeitamente ousada, mas maravilhosa. Eu sou uma fã da Ode Marítima e nunca a tinha visto ser dita como aqui”, referiu. Na sua opinião, todos deveriam ver este espectáculo. “Assim toda a gente gostaria de poesia e de Fernando Pessoa”, considera. Este terá sido um dos espectáculos que mais gostou no CCC, mas salienta que tem gostado de tudo o que neste assistido neste espaço. “A programação está adequada e é muito variada”, disse. Para Isabel Baptista, fazia muita falta às Caldas um local como o CCC. “Eu deixei de ir tantas vezes a Lisboa”, concluiu. Paulo Ribeiro ficou muito contente por ver tanto público para o seu espectáculo nas Caldas da Rainha. “Fiquei espantado com a afluência, tendo em conta que nunca tínhamos vindo às Caldas”, disse. “O teatro é belíssimo e tem um potencial fantástico”, acrescentou. Na opinião do também director do Teatro Viriato, em Viseu, está muito bem pensado. “O palco permite tudo, desde óperas a coisas mais pequenas. Sem ter uma plateia desmedida. Para além de ter outros espaços que permitem as mais diversas actividades”, descreveu.
Dança no 1º aniversário do CCC

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