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Movimento acusa Câmara das Caldas de fomentar trabalho precário

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O Movimento Precários Inflexíveis (PI) acusa a Câmara das Caldas da Rainha de ceder ao aumento dos trabalhadores precários no concelho ao investir na aquisição de instalações de uma empresa que acusa de explorar os trabalhadores. “A empresa queria aumentar a exploração de precários e a Câmara, em vez de denunciar a chantagem, cede”, criticou […]

O Movimento Precários Inflexíveis (PI) acusa a Câmara das Caldas da Rainha de ceder ao aumento dos trabalhadores precários no concelho ao investir na aquisição de instalações de uma empresa que acusa de explorar os trabalhadores. “A empresa queria aumentar a exploração de precários e a Câmara, em vez de denunciar a chantagem, cede”, criticou Rui Maia, porta-voz do PI para esta questão. A Câmara das Caldas da Rainha decidiu investir 700 mil euros na aquisição de instalações para a expansão de um call center da cidade, decisão que o Movimento considera “uma cedência à chantagem da empresa que ameaçou com a deslocalização caso a Câmara não patrocinasse o alargamento” explicou à Lusa Rui Maia. Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, Fernando Costa, rejeitou que a autarquia esteja a “ceder a alguma espécie de chantagem”, lembrando que já tinha apoiado a empresa Contact quando se instalou de raiz na cidade. Para o Movimento trata-se de “uma decisão no mínimo estranha”, que os Precários Inflexíveis criticam, considerando que abre portas a “uma espécie de festim de exploração”. “Esta empresa veio para servir a população e servir a economia. Apoiamos esta e outras empresas que estejam interessada em vir para as Caldas, na perspectiva de criarem postos de trabalho e gerarem riqueza”, frisou por seu turno o autarca. O administrador delegado da Contact, Pedro Champalimaud, sobre as críticas acerca da precariedade dos postos de trabalho a criar, o administrador afirmou que “a empresa cumpre integralmente os regulamentos e normativos legais em vigor”. Dos 450 colaboradores da empresa em Caldas da Rainha “320 têm vínculo contratual à Contact” disse, acrescentando que “os restantes encontram-se em regime de trabalho temporário, que é a forma legal de ajustar as necessidades de mão-de-obra a operações de curta duração ou a picos sazonais, cuja contratação directa não se justifica”. Pedro Champalimaud refuta as acusações de exploração adiantando que “o salário bruto médio de um colaborador full-time ronda os 750 euros mensais e, em part-time (4horas) ronda os 385 euros mensais” e nega qualquer tentativa de chantagem.

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