Jorge Nunes, delegado de saúde das Caldas da Rainha e médico do Agrupamento de Centros de saúde da Região Oeste Norte tem-se desdobrado em acções de informação sobre o vírus da Gripe A (H1N1). “Não há motivo para alarmismos”, assegura, apontando que a Organização Mundial de Saúde elevou para a Fase 5 o grau de alerta quanto ao risco de pandemia. “Isto significa que há um risco aumentado de que a pandemia possa acontecer, mas tal não significa, necessariamente, que venha a ocorrer. É demasiado cedo para saber se a situação actual irá evoluir para uma pandemia. Uma pandemia de Gripe é caracterizada por uma epidemia à escala mundial, provocada por um novo vírus da Gripe que infecta uma grande parte da população desprotegida. No século XX, houve 3 pandemias de Gripe, em 1918, 1957 e 1968. Na Europa, e particularmente em Portugal, nos anos recentes, foram desenvolvidos esforços consideráveis de preparação para uma pandemia e todos os Estados Membros da União Europeia têm Planos de Contingência Nacionais”, descreve. “Os sintomas de infecção pelo novo vírus nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela Gripe Sazonal: Febre, sintomas respiratórios (tosse, nariz entupido), dor de garganta, possibilidade de ocorrência de outros sintomas, dores corporais ou musculares, dor de cabeça, arrepios, fadiga, vómitos ou diarreia (embora não sendo típicos na Gripe sazonal, têm sido verificados em alguns dos casos recentes de infecção”, aponta. O método de transmissão do novo vírus é também idêntico ao da Gripe Sazonal. “O vírus espalha-se de pessoa para pessoa através de partículas em suspensão, quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais íntimos com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco. O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada – por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas e superfícies de utilização pública Uma pessoa saudável pode, inadvertidamente, contaminar as suas mãos e levá-las aos olhos, à boca ou ao nariz”, indica. Mas esclarece: “É necessário que haja contacto contínuo e não esporádico para haver transmissão”. Jorge Nunes relata que o vírus da Gripe A não é transmitido pela ingestão de carne de porco ou derivados devidamente confeccionados. “Na possibilidade de que venha a ser observada a presença do vírus na carne de porco, uma correcta confecção – a temperaturas internas superiores a 70ºC – irá eliminá-lo de forma eficaz, tal como acontece com os outros vírus e bactérias habituais”, sossega. De momento, não existe vacina que proteja os humanos do novo vírus), mas é sensível aos antivirais oseltamivir e zanamivir. A Directora-Geral da Organização Mundial da Saúde recomendou que não fossem restringidas as viagens internacionais, apesar de considerar prudente que as pessoas adiassem as viagens não-urgentes. Qualquer indivíduo que apresente sintomas após uma viagem internacional, deve contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24). Pessoas que tencionem viajar para áreas afectadas devem procurar informação junto da Linha Saúde 24. Há algumas medidas que podem ser tomadas como precaução: Evitar o contacto próximo com pessoas doentes. Por outro lado, se estiver doente, deverá manter a distância de pelo menos um metro em relação aos outros, para evitar a propagação do vírus. Sempre que possível, mantenha-se no domicílio. Evite multidões ou grandes aglomerados de pessoas. Lave frequentemente as mãos com água e sabão; Se tossir ou espirrar, proteja a boca e o nariz com um lenço de papel de utilização única ou use o antebraço e não as mãos, lavando-as com frequência; Para se assoar, use lenços de papel de utilização única, meta-os num saco de plástico e coloque-o no lixo. Francisco Gomes
Gripe A alvo de acções de informação pela região
13 de Maio, 2009
Jorge Nunes, delegado de saúde das Caldas da Rainha e médico do Agrupamento de Centros de saúde da Região Oeste Norte tem-se desdobrado em acções de informação sobre o vírus da Gripe A (H1N1). “Não há motivo para alarmismos”, assegura, apontando que a Organização Mundial de Saúde elevou para a Fase 5 o grau de […]

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