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Para enriquecer cenário por detrás da Estátua da Rainha

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Apresentado projecto do “Museu da Água das Caldas” Uma bolha/vitrina de água, com uma caixa a ser uma espécie de guarda-jóias, num percurso de utilização poética da água, foi a proposta de projecto do Museu da Água para o Largo Conde Fontalva (Largo da Rainha), nas Caldas da Rainha, apresentado no passado dia 4, no […]
Para enriquecer cenário por detrás da Estátua da Rainha

Apresentado projecto do “Museu da Água das Caldas” Uma bolha/vitrina de água, com uma caixa a ser uma espécie de guarda-jóias, num percurso de utilização poética da água, foi a proposta de projecto do Museu da Água para o Largo Conde Fontalva (Largo da Rainha), nas Caldas da Rainha, apresentado no passado dia 4, no café do CCC, no âmbito da iniciativa “Caldas Welcome”. Os autores da ideia foram “Os Espacialistas”, um projecto arquitectónico, artístico, laboratorial de análise e alteração programática do espaço, que utiliza a fotografia e o vídeo como dispositivos de desenho, de pensamento, de percepção e de diagnóstico do espaço natural e construído. Da análise ao local de intervenção – onde se encontra a estátua da Rainha – e da tentativa de fazer aparecer a sua vocação artística, o grupo, constituído por um docente de arquitectura, Luís Baptista, e ex-alunos, Filipe Pereira, João Carlos Cerdeira e Sérgio Serol, constatou que “o principal problema deste centro histórico da cidade, porque há outros, não é a posição da estátua da Rainha, defronte da entrada principal do Parque D. Carlos I, prestes a entrar na bolha/pulmão verde que o parque representa para a cidade das caldas, mas o estado de ruína dos espaços que se encontram atrás dela”. “Desenhar as costas da rainha e o “séquito” espacial envolvente de sua majestade, é a urgência nesta zona da cidade”, apontam “Os Espacialistas”, descrevendo que “proceder à alteração programática, à qualificação patrimonial dos espaços em ruínas e à criação de novo património por detrás da estátua da pprincipal figura da cidade deve ser a urgência prioritária deste sítio de intervenção”. O Museu da Água apresentado pretende ter “uma dupla vocação de enaltecimento e enquadramento espacial da figura da Rainha D. Leonor e da sua estratégia visionária de formação de um lugar a partir de um valor acrescentado que aí encontrou: a água termal que transformou na sua principal jóia da coroa e a vocação de apresentação da água como se de uma jóia real se tratasse exposta nas suas mais diversas manifestações de aparecimento na natureza e no quotidiano humano”. Trata-se de “um museu à escala da mão, onde a natureza e o ser humano podem trocar de escala constantemente. Miniaturizar a Natureza, habitar a miniatura e tornar a miniatura na grandeza são os principais motes conceituais deste projecto, do ponto de vista dos conteúdos temáticos aí apresentar”. Bolha Expositiva em Vidro O espaço projectado constitui-se por dois corpos arquitectónicos principais em levitação, um percurso e um espaço-suporte de todo o projecto: um muro espelhado – parede e pavimento simultaneamente – que delimita/protege toda a zona de intervenção e os espaços constituintes do projecto: uma Bolha Expositiva em Vidro, um Guarda-Jóias em Cerâmica e Betão e um Percurso de Utilização Poética da Água. A bolha de vidro expositiva e o guarda-jóias serão ligados por um passadiço e por uma passagem subterrânea no início da Calçada 5 de Outubro que os separa. Essa ligação, além de intensificar a ideia estruturante de todo o museu, o Percurso de Utilização Poética da Água, cria simultaneamente uma porta capaz de ligar o Largo de Fontalva e a Praça da República situada mais acima. A Bolha Expositiva, denominada de Vitrina de Água, por detrás da rainha, será a grande jóia da coroa de todo este projecto. Em suspensão no ar, será o grande espaço de exposição/apresentação de obras artísticas, científicas e culturais inspiradas no tema da água e nos seus diversos estados materiais, apoiada por uma sala polivalente e oficinas de trabalho. “Podemos contemplá-la de cima, atravessá-la, permanecer dentro e debaixo dela. A linha da imaginação será o seu horizonte”, referem. O Guarda-Jóias, situado no início da esquina da Rua Vitorino Fróis com a Calçada Praça 5 de Outubro, é constituído por seis pequenas caixas onde se podem encontrar diversos temas relacionados com a água. “Ao nível da cobertura podemos encontrar uma fonte, um tanque, um poço, um depósito/sentinela miradouro, um pátio, um jardim e até sistemas de condução da água, regadeiras e um aqueduto habitável ao longo de todo museu. Todo este espaço se constitui como um terraço privilegiado de observação do largo onde se encontra a rainha e simultaneamente tenta ser um prolongamento natural do Parque D. Carlos I. A grande particularidade deste espaço é o conjunto de tampas/tectos amovíveis interactivos que cobrem cada um dos espaços deste guarda-jóias, qualificados individualmente com a presença de vegetação aquática (liquens), criando planos verdes, ou outras particularidades arquitectónicas, que podem controlar a luz e a sombra através dos seus níveis de inclinação que varia entre os 0º e os 90º, tal como tampas de uma caixa guarda-jóias”, explicam os mentores do projecto. No piso inferior aéreo, o piso 1, encontrar-se-á uma cafetaria, um pátio e a Sala-Trono da Rainha, de onde se poderá admirar de modo privado e tranquilo a estátua da Rainha D. Leonor e o Parque D. Carlos I. No piso térreo, com entrada pela Calçada da Praça 5 de Outubro, entra-se num espaço de gruta em betão escorrido, onde se poderão admirar no tecto os espaços do piso de cima e percorrê-la a toda a volta numa galeria/aqueduto construída com esse objectivo. No piso -1, o mais baixo de todos, com entrada pela Rua Vitorino Fróis, ter-se-á acesso à Praça Espelho, qualificada no seu pavimento e nas paredes laterais por espelhos (de água) que se reflectem infinitamente, que permitirá acesso exterior aos vários níveis do museu e à Travessa da Água Quente, com porta de entrada no enfiamento das Escadinhas da Ilha. Aí poderá sentir-se sonoramente a água através de perfurações realizadas no solo com esse intuito, de onde poderão sair repuxos capazes de delimitar espaços. O Museu da Água apresenta-se como “uma viagem ao interior da terra, como um mergulho nas profundezas da água e como um voo por entre as nuvens”. Última sessão do “Caldas Welcome” No dia 18 de Abril, pelas 21h30, no Mazagran Café, o vereador João Aboim irá reflectir sobre “A cidade em movimento”, defendendo que “o transporte público e as mobilidades suaves surgem como um imperativo de regeneração e qualificação do espaço urbano”. O ateliê lisboeta “Embaixada da Arquitectura” irá apresentar “O novo parque da cidade”, com uma proposta para a zona do Cencal para um espaço com uma função correspondente ao Parque D. Carlos I. O arquitecto Simon Troufa Real apresentará uma síntese conclusiva das 4 Sessões do “Caldas Welcome”. Francisco Gomes

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