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Faleceu Humberto dos Santos Alves

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Faleceu mais um grande amigo meu. Da minha idade, da minha criação, acordámos para o mundo, e para a luz, no mesmo ano. Vamos vendo, no desaparecimento dos nossos velhos amigos, a imagem da morte ao nosso lado como se uma fala soturna e tumular nos avisasse que também o nosso fim está perto, – […]
Faleceu Humberto dos Santos Alves

Faleceu mais um grande amigo meu. Da minha idade, da minha criação, acordámos para o mundo, e para a luz, no mesmo ano. Vamos vendo, no desaparecimento dos nossos velhos amigos, a imagem da morte ao nosso lado como se uma fala soturna e tumular nos avisasse que também o nosso fim está perto, – e como se fosse preciso… O Humberto foi sempre um amigo firme e extremamente fiel a esse sentimento. Nunca discutimos! O Humberto era um fiel e convicto comunista, mas nunca a sua boca proferiu a mais pequenina crítica aos meus sentires socialista. Nunca! O respeito pelas ideias dos outros era nele um sagrado lema da sua convivência. Por isso, e também porque nunca lhe ouvi uma palavra de crítica, fosse a quem fosse, e fosse pelo que fosse, tenho da imagem desse meu querido amigo um tão profundo e leal sentimento de fraternidade, que a evocação que dele faço é a genuína homenagem que presto a essa tão rara qualidade. É muitas vezes só na morte que nós dizemos o que deveríamos dizer em vida. Há como que um pudor em dizer que os outros são bons. O Humberto era uma jóia de rapaz. Tive muito desgosto pela sua morte, que só o telefonema de um amigo me comunicou. Companheiro certo das conversas da minha loja, nas tardes em que podia contar com ele, com a sua presença e as vivências longínquas de quase oito décadas de recordações comuns, que trazíamos à tona de água feita das saudades e também dos românticos ideais da infância, que recordávamos com um sorriso de complacência, que os velhos lembram como parvoíces e nós achávamos que tinha sido uma época muito doce e cheia de sonhos. À sua família testemunho o meu pesar pela morte desse meu amigo a quem estimava verdadeiramente. Hermínio de Oliveira

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