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Agente da PSP em prisão preventiva

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Suspeito de ter morto o cunhado e simulado acidente Um agente da PSP da Brandoa (Amadora) está em prisão preventiva por suspeitas de ter assassinado e simulado um acidente para tentar ocultar a morte do cunhado, natural da Benedita. O juiz de turno do Tribunal do Cadaval decretou a medida de coacção mais gravosa. O […]
Agente da PSP em prisão preventiva

Suspeito de ter morto o cunhado e simulado acidente Um agente da PSP da Brandoa (Amadora) está em prisão preventiva por suspeitas de ter assassinado e simulado um acidente para tentar ocultar a morte do cunhado, natural da Benedita. O juiz de turno do Tribunal do Cadaval decretou a medida de coacção mais gravosa. O polícia, Mário Ferreira, de 27 anos, terá assumido a autoria da morte do cunhado quando foi inquirido pelos inspectores da Polícia Judiciária. Luís Fernandes, de 36 anos, terá sido morto à pancada, com recurso a um objecto, em casa, em Vale Ceisseiro, Alcoentre, pelo irmão da sua mulher, na noite de 17 de Novembro de 2008. O cadáver terá depois sido transportado pelo suspeito, numa carrinha BMW, propriedade de um irmão da vítima, para a Serra de Montejunto. Ali, o agente da PSP terá simulado um acidente de viação, lançando o corpo no interior de uma viatura em chamas, que foi posteriormente empurrada para uma ravina com mais de 70 metros, na curva do Furadouro, numa estrada florestal entre Abrigada e Pragança. Quando os bombeiros do Cadaval conseguiram apagar o fogo e chegar ao carro depararam-se com um cadáver completamente carbonizado. Facturas encontradas na borda da estrada, junto ao precipício, ajudaram a identificar o corpo. Luís Fernandes era carpinteiro na serração “José Rafael”, de Rio Maior, onde trabalhava desde Setembro de 1999. Estava casado há doze anos com Célia Ferreira, de 33 anos, de quem tinha uma menina de dez anos, mas desde Março de 2007 que já não vivia com a esposa nem com a filha, devido ao processo de divórcio litigioso em curso. “Fiquei em estado de choque. Estou apática”, afirmou na manhã seguinte ao aparecimento do corpo Célia Ferreira, a esposa de Luís Fernandes, adiantando que “a GNR de Aveiras de Cima ligou-me de manhã a dizer que tinha havido um acidente e que era preciso ir ver o carro”. “Não sei se o corpo é do Luís e estou no completo desconhecimento do que se terá passado”, referiu, quando confrontada com a série de pesquisas efectuadas pela PJ. “Andaram a ver o chão todo à volta de casa. Não entraram porque eu não tenho a chave. Acho estranho e não sei o que estão a insinuar”, manifestou. No conjunto de perícias efectuadas pela PJ, foi também analisado o carro em que se fazia transportar a esposa e que estava dentro da garagem da casa da mãe. Na ocasião o irmão do carpinteiro manifestava acreditar que havia mais do que uma pessoa envolvida no homicídio. “Havia muito sangue espalhado no hall de entrada da casa e dá ideia que tentou fugir pelos vestígios espalhados pelo pátio, passeios e debaixo de uma árvore. Houve uma luta muito grande e não era só um indivíduo. Alguém imobilizou-o e deixou-o inconsciente e depois matou-o ou cometeu o crime na residência”, relatou Fernando Faustino. “Tinha estado a jantar com ele e depois ele levou o meu carro. Terá chegado a casa por volta das onze da noite e o crime aconteceu logo a seguir, porque o carro foi descoberto incendiado na Serra do Montejunto pouco depois da meia-noite”, indicou. “Quem atirou o carro pela falésia estava acompanhado, porque não saía do local a pé”, comentou Fernando Faustino. A investigação demorou cinco meses e exames laboratoriais permitiram chegar ao suspeito. Irmão da vítima espera “justiça” “Acredito que ele não agiu sozinho. Provavelmente com mais uma ou duas pessoas da família dele”, comentou Fernando Faustino, irmão do carpinteiro assassinado, manifestando que o homicida agiu “pela ganância do dinheiro”. “O meu irmão estava num processo de divórcio e tinha para dividir com a mulher um apartamento nas Caldas da Rainha e a casa em Vale Ceisseiro, onde foi assassinado”, relatou, revelando que Luís Fernandes “já tinha sido agredido pelo cunhado (o arguido) a soco e a pontapé uns meses antes, que também lhe fez, na minha frente, ameaças de morte, tudo por causa do divórcio da irmã e da custódia da sobrinha”. A detenção do polícia não surpreende Fernando Faustino. “Já na altura do crime suspeitava dele”, afirmou na semana passada. O facto de acreditar que não actuou sozinho baseia-se nos vestígios deixados: “Havia muito sangue espalhado no hall de entrada da casa e dá ideia que o meu irmão tentou fugir, pelos vestígios espalhados pelo pátio, passeios e debaixo de uma árvore. Houve uma luta muito grande e não era só um indivíduo, que imobilizou e deixou o meu irmão inconsciente e depois matou-o ou cometeu o crime na residência. Quem atirou o carro pela falésia estava acompanhado, porque não saía do local a pé por ser muito longe”. Para Fernando Faustino, o crime “foi cometido à traição e não após uma discussão” e “foi pensado ao pormenor”. O irmão da vítima espera que “seja feita justiça”. “Estou chocado, mas ao mesmo tempo sinto alívio por ter sido encontrado um dos culpados”, desabafou. Mãe do polícia vive “angústia” “Acredito que ele esteja inocente, mas há-de haver quem tenha competência para investigar e dizer se o meu filho esteve envolvido no que se passou. Eu não me vou alongar sobre isso, só sei que estou a viver dias de angústia”, comentou Maria da Graça, mãe do agente da PSP. Sobre a eventual cumplicidade da mulher do polícia e a sua actual ausência no estrangeiro, a familiar defendeu a filha: “Ela não fugiu. Está em trabalho, num estágio, na Suíça. Foi antes da Páscoa e conta regressar para o início das aulas da filha, de 10 anos, que levou na viagem”. Maria da Graça não especificou qual o trabalho, descrevendo apenas que foi na sequência de um curso de formação de técnicas comerciais tirado nas Caldas da Rainha. “Falei com ela por telefone e estava muito admirada com que apareceu nos jornais, perguntando-me o que se estava a passar”, relatou, revelando que esta semana só conseguiu falar alguns instantes com o filho detido, que ao telefone pediu-lhe: “Mãe, ganhe coragem”. A familiar do polícia assegurou também que não sabe o que se passou na noite de 17 de Novembro de 2008, quando alegadamente o seu filho terá discutido com o cunhado. A discussão ou espera premeditada para concretizar o homicídio terá ocorrido na residência do casal, que estava em processo de divórcio após doze anos de casamento. Faltava formalizar nos papéis a separação que já existia no dia-a-dia, uma vez que há vários meses que Célia Ferreira se tinha mudado com a filha para a casa da mãe, a escassos metros de distância, em Vale Ceisseiro. “Depois de alguns tempos com uma vida desafogada, a minha filha passou a ter uma vida de sofrimento, porque o meu genro trocou-a pelas noites de copos e tornou-se agressivo, ao ponto da minha neta ter medo do próprio pai”, desabafou Maria da Graça. “Lamento a morte do meu genro e quem tiver de pagar pelo crime que pague, mas os meus filhos chegaram a ser ameaçados de morte por ele”, afirmou, rejeitando as afirmações do irmão da vítima, Fernando Faustino, que disse que o polícia é que agrediu e fez ameaças de morte a Luís Fernandes por causa do divórcio e da custódia da criança. “O meu filho não provocava nem fazia esperas ao meu genro, a única coisa que ele fazia era proteger a irmã”, apontou. Maria da Graça esclareceu ainda que o regime de casamento foi “comunhão de adquiridos” e o que havia por partilhar de bens imobiliários “era só um apartamento com três quartos nas Caldas da Rainha e não a casa em Vale Ceisseiro onde ambos viveram, porque essa tinha sido uma oferta de família à minha filha antes do casamento”. Francisco Gomes (texto)

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