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8 de Abril – Dia Mundial de Luta Contra o Cancro

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Cancro!!! Palavra que tanto nos assusta! Porque não tentar compreender um pouco da sua evolução? O cancro surge quando as células normais se transformam em células “más” (cancerígenas). A este processo chama-se carcinogénese. É um processo lento que leva algum tempo até surgirem os primeiros sinais. Este processo de transformação é influenciado pela presença dos […]
8 de Abril - Dia Mundial de Luta Contra o Cancro

Cancro!!! Palavra que tanto nos assusta! Porque não tentar compreender um pouco da sua evolução? O cancro surge quando as células normais se transformam em células “más” (cancerígenas). A este processo chama-se carcinogénese. É um processo lento que leva algum tempo até surgirem os primeiros sinais. Este processo de transformação é influenciado pela presença dos chamados agentes carcinogénios como seja: o tabaco, os raios solares, o stress, o tipo de alimentação, entre outros. Na verdade podemos mudar muitos dos nossos hábitos, mas não podemos alterar o nosso código genético. Sendo assim, é importante estar atento aos sinais que o nosso organismo vai demonstrando. Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro devemos ter em especial atenção os seguintes sinais: Modificação da cor, dimensões ou ulceração de verruga ou sinal; Alteração dos hábitos intestinais ou urinários; Rouquidão ou tosse persistente; Dificuldade em engolir ou má digestão permanente; Ferida que não cicatriza; Hemorragia ou corrimento anormal pelos orifícios naturais; Nódulo ou dureza na mama ou outra parte do corpo. O Registo Oncológico Regional, em 2006, registou 7430 novos casos de tumores malignos só na Região Centro! Os tumores malignos que surgem com maior frequência nos homens são: na Próstata, Pele, Cólon e Pulmões. Nas mulheres, os cancros com maior taxa de incidência são: Cancro da Mama, Pele, Intestino e Colo do Útero. Entre os 25 e 29 anos o Cancro de Colo de Útero é o mais frequente nos jovens de sexo feminino. A prevenção é sempre a melhor opção. A prevenção passa pelos Centros de Saúde, onde se deve realizar as chamadas consultas de rotina. Preventivamente, os exames que habitualmente mais se realizam são o Papanicolau (detecta alterações nas células do colo do útero), a Mamografia (detecta alterações na glândula mamaria e a existência de nódulos suspeitos), a Colonoscopia (detecta alterações a nível do cólon) e a Endoscopia Digestiva Alta (que pode detectar alterações no tubo digestivo). Com o avançar da ciência, novos métodos de prevenção estão a ser estudos e implementados, como exemplo, temos a Vacina Contra o Cancro do Colo do Útero. O Cancro do Colo do Útero é uma enfermidade que se desenvolve na extremidade inferior do Útero, ocorrendo quando as células são infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). Este vírus consegue transformar as células do colo uterino, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas. A transmissão do vírus ocorre por contacto directo, sendo frequente a transmissão nas relações sexuais. Por este motivo é importante o uso de preservativo durante as relações sexuais. O HPV pode levar ao crescimento de lesões a nível dos genitais quer masculinos quer femininos. Após ter sido infectado, e apesar do tratamento que possa ter feito, não há cura para esta infecção. Isto quer dizer que as lesões podem recidivar posteriormente. Existem vários tipos de HPV, podendo a mesma pessoa ser infectada por mais do que um tipo. Actualmente a protecção mais eficaz contra o cancro do colo do útero consiste na aplicação de duas medidas complementares: o rastreio e a vacinação. A vacina protege contra 2 tipos de HPV- o 16 e o 18 que são responsáveis por cerca de 70% dos casos de cancro do colo do útero. Sabe-se ainda que há reacções cruzadas com outros tipos de HPV de alto risco pelo que poderá proteger contra mais casos. No entanto a protecção não abrange todos os casos de cancro do colo do útero pelo que é essencial que as mulheres, mesmo as que estão vacinadas, continuem a fazer o rastreio. Existem actualmente duas Vacinas no mercado português: uma Vacina Bivalente e uma Vacina Tetravalente. Ambas são 100% efectivas contra os genótipos do HPV 16 e 18 (genótipos de alto risco, 70 a 75% dos casos de cancro do colo do útero) e a Vacina Tetravalente é activa também contra os genótipos 6 e 11 (de baixo risco para o cancro do colo do útero mas responsáveis por 90% dos condilomas genitais e respiratórios). Enfermeira Cândida Mineiro Enfermeiro Carlos Pinto

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