O ex-presidente da República, Mário Soares, criticou o secretário-geral do PS, José Sócrates, por colocar na agenda política com prioridade os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, quando, no seu entender, há questões mais importantes para resolver no país. “Não são esses os problemas fundamentais que temos neste momento, mas há certos radicais que querem ir adiante para mostrarem que são de esquerda”, afirmou. Falando na conferência “A Separação da Igreja e do Estado”, realizada no Inatel da Foz do Arelho, Mário Soares admitiu que os casamentos homossexuais são “uma questão fracturante que divide a sociedade” e manifestou serem “um problema de consciência muito complicado”, ao mesmo tempo que advertiu que “não é esse o problema fundamental que temos neste momento” no país. Mário Soares declarou que preferia que fosse dada prioridade e maior atenção aos problemas que afectam a sociedade portuguesa no dia a dia e comentou mesmo que “se estivesse na minha mão, agiria com mais prudência e interessava-me sobretudo por acabar com as desigualdades sociais, dar mais prestígio aos trabalhadores e mais respeito pelos sindicatos, do que envolver-me nessas questões”. O ex-presidente da República respondia a uma pergunta da assistência – no seguimento do anúncio feito há dias por José Sócrates de que era o momento do PS propor o direito ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo. Ainda respondendo a questões da audiência e relativamente às declarações do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que advertiu que o casamento com muçulmanos criaria conflitos às mulheres católicas, Mário Soares, que é presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, criada pelo Estado, defendeu que “os casamentos são uma questão individual, cada pessoa casa com quem quer e as senhoras casam com quem querem”. “Estar a dar conselhos [sobre com quem casar], comigo não”, exclamou. Francisco Gomes
Críticas à prioridade dada aos “casamentos gays”
28 de Janeiro, 2009
O ex-presidente da República, Mário Soares, criticou o secretário-geral do PS, José Sócrates, por colocar na agenda política com prioridade os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, quando, no seu entender, há questões mais importantes para resolver no país. “Não são esses os problemas fundamentais que temos neste momento, mas há certos radicais que querem […]
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