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Faianças Bordalo Pinheiro

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Reunião de accionistas “inconclusiva” A administração da fábrica Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha reuniu-se na passada segunda-feira com o secretário de Estado da Indústria, para pedir apoios do Governo para enfrentar a crise no sector. O encontro serviu para apresentar dados da situação económica da empresa. Foram entregues elementos sobre a empresas para serem […]
Faianças Bordalo Pinheiro

Reunião de accionistas “inconclusiva” A administração da fábrica Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha reuniu-se na passada segunda-feira com o secretário de Estado da Indústria, para pedir apoios do Governo para enfrentar a crise no sector. O encontro serviu para apresentar dados da situação económica da empresa. Foram entregues elementos sobre a empresas para serem analisados, esperando-se que possa haver uma solução. “Estamos de acordo de que temos de procurar soluções para resolver o problema da empresa dentro das possibilidades, mas isso depende dos apoios que se possa conseguir” do Governo, disse também o administrador das Faianças Bordalo Pinheiro, Jorge Serrano, à saída da reunião de accionistas, que decorreu à porta fechada nas instalações da unidade, no passado sábado, perante uma manifestação silenciosa dos trabalhadores. “Os sócios estiveram reunidos à porta fechada, durante toda a tarde, mas a reunião veio a revelar-se inconclusiva”, adiantou o sócio maioritário da empresa. Se o Governo estiver disponível para ajudar a resolver os problemas das Faianças Bordalo Pinheiro, que está sem encomendas e com 170 funcionários sem salários desde Dezembro, os apoios serão para “indemnizar os trabalhadores e arranjar canais para escoar os produtos”, admitiu. O administrador disse que é inevitável haver “reduções do número de trabalhadores e de despesas”, mas considerou que há condições para “não encerrar completamente” a unidade industrial, onde trabalham 150 dos 170 operários, e antes redimensioná-la. Enquanto chegavam os sócios accionistas das Faianças, os trabalhadores viram dezenas de pessoas a comprar centenas de peças da Bordalo Pinheiro. “Trabalho sim, desemprego não”, gritavam os operários da fábrica centenária, que pretendem lutar pela manutenção dos seus postos de trabalho e pela viabilização da empresa. Os trabalhadores percorreram algumas ruas das Caldas da Rainha, e exibiram cartazes com frases alusivas ao seu descontentamento. Carlos Barroso

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