À determinação faltou a concretização Peniche Hélio; João Nuno, Laranja, Rui João e Emanuel; André (Marinho, aos 60m), Paulinho e Vasco; Enildo, Kiko e Silva (Paulo Neves, aos 73m). Suplentes não utilizados: João Miguel, Diogo, Viralhadas, Edgar e Valter. Treinador: Bastos Lopes Gândara, Hélio; Ivo, João Dias, Fábio e Sandro; Edir, Paulo Raquete e Pimpão (Tavares, aos 64m); Osvaldo (Tiago, aos 75m), Yanik (Ryan, aos 84m) e Mini. Suplentes não utilizados: Mauro, Tomás, Patego e Rodi. Treinador: Nuno Raquete Estádio do Grupo Desportivo, em Peniche. Árbitro: Bruno Miguel, de Lisboa Assistentes: João Silva e João Espinheira Ao intervalo: 0-0 Acção disciplinar: amarelos para Laranja (15m), Edir (20m), Ivo (24m), Paulinho (29m) e Paulo Raquete (38m). Não chega querer, lutar, mostrar capacidade de entrega, também é preciso saber encontrar o caminho da vitória. Se é verdade que o Peniche queria vencer, também ficou bem vincado neste jogo que os homens da Gândara não queriam perder. E, entre o querer vencer e a vontade de não perder, ficou mais visível esta última, pela postura colocada em campo. Pelos locais, a uma primeira parte mais desgarrada juntou-se alguma falta de sorte nas poucas, mas importantes, oportunidades de golo da segunda parte. A concretização continua um problema para os pupilos de Bastos Lopes. Iniciando o jogo com velocidade e aproveita ndo bem os seus alas, o Peniche deu a entender, nos primeiros minutos, que queria claramente vencer a partida, intenção que não passou despercebida aos poucos espectadores presentes. Dois cantos, num espaço de dois minutos, alguma pressão sobre a defensiva contrária mas o verdadeiro perigo não surgia e o guardião Hélio não era sujeito a dificuldades acrescidas. Momentos iniciais que pareciam prometer uma boa partida mas tudo não passou de meras intenções. As duas equipas estudaram-se mutuamente, encaixaram-se num esquema táctico idêntico, com os jogadores bem posicionados no terreno e não dando espaços aos homens mais avançados de assustarem os guardiões. O jogo foi perdendo aliciantes, as ocasiões de golo iam escasseando, sendo preciso esperar pelo minuto 37 para os adeptos locais despertarem para um golo que Rui João não aproveita após falha do guardião. Com um futebol pouco capaz e incaracterístico, a equipa local foi presa fácil para o adversário. Na segunda parte, a postura dos locais alterou-se significativamente. E o primeiro sinal de inconformismo surge ao minuto 50, na sequência de um livre. Silva, bem solicitado na esquerda entra na área e, perante o guardião, falha o golo. Há maior pressão dos locais mas, aos poucos, os passes continuam a não sair nas melhores condições e foi preciso esperar pelo minuto 74 para voltarmos a ver outra situação flagrante de golo, com Silva, de novo, a isolar-se mas a não conseguir bater Hélio. Era a melhor fase dos pupilos de Bastos Lopes que, ao minuto 82, vêem Paulinho a atirar à trave. Mais nervoso na primeira parte, mais acutilante e determinado no segundo tempo, o Peniche revelou dificuldades para ultrapassar o adversário que se viu em apuros em alguns lances mas conseguiu manter o nulo até final, perante a frustração dos locais que, pela segunda parte, mereciam mais. Nesta altura da prova, perante castigos e uma onda de lesões, ao Peniche parece faltar uma vitória para que a tranquilidade tão necessária possa voltar a um plantel que apesar de tudo continua a mostrar alegria e vontade de não desiludir os seus associados. Boa arbitragem. José Monteiro