Uma empresa instalada na Zona Industrial de Óbidos, nas Gaeiras, é líder nacional no desenvolvimento de tecnologia aplicada em centros de lavagem automóvel a jacto, tendo já mais de 600 pistas de lavagem espalhadas no país e preparando-se para exportar o sistema para vários países europeus. Fundada em 1991, em Peniche, actualmente com instalações próprias em Óbidos, a Autojacto é especialista no fabrico de equipamentos de alta pressão e foi pioneira na introdução do conceito de lavagem self-service de automóveis em Portugal, quando predominava o sistema de escova rotativa e a lavagem era feita por funcionários de espaços normalmente associados a empresas petrolíferas, em estações de serviço ou postos de abastecimento de combustível. “Na altura eu estava emigrado na Suíça e verifiquei que não havia nada do género em Portugal. Quando queria o carro lavado ia a uma oficina, entregava a chave e voltava mais tarde quando estivesse pronto e às vezes ainda tinha de esperar. Resolvi então avançar para um sistema de self-service, em que bastava inserir uma moeda numa máquina e um jacto de água a alta pressão ficava disponível por um período de tempo, e a tarefa era mais rápida”, conta Eduardo Soares, quem em conjunto com Arménio Rodrigues fundou a Auto-Jacto. Foi assim iniciada a implementação no mercado português do sistema de lavagem self-service para automóveis, competitivo em relação a outros métodos concorrentes. Primeiro porque o valor a pagar pela lavagem não é fixo, podendo gastar-se em função da sujidade do automóvel. Depois porque o serviço está constantemente disponível, sem dependência da presença de funcionários. Pode ser utilizado 24 horas, 365 dias por ano. Desta forma, assegura-se que o serviço está sempre ao dispor e quando se necessite. Para além disso, segundo Eduardo Soares, “o grande beneficiário é mesmo o automóvel, uma vez que o sistema de escova rotativa desgasta as pinturas, correndo o risco de danificar a carroçaria. A lavagem self-service não implica um contacto físico com a viatura e a pressão do jacto está controlada”. Eduardo Soares trabalhava no ramo automóvel mas não tinha qualquer experiência no sector das lavagens. Pesquisou, foi a feiras e desenvolveu soluções técnicas e software que conduziram a empresa à liderança do mercado nacional. Em 2006 surgiu o projecto Planeta Azul, considerado vanguardista nesta área, com design inovador e atractivo das centrais de lavagem e tecnologia de ponta. “É um novo mundo das lavagens”, comenta Eduardo Soares, descrevendo as inovações para os clientes: “Cada centro tem várias pistas de lavagem, até dez, e existem normalmente quatro programas que permitem, de uma forma simples, uma lavagem rápida, sem esforço e com um excelente resultado final, e outros equipamentos de apoio à limpeza, tais como aspiradores, distribuidores de panos, perfumadores, entre outros”. É disponibilizada também uma chave magnética, recarregável e com descontos para os clientes. Para os concessionários dos espaços há também vantagens – sobretudo ao nível da segurança. “Quando um cliente introduz uma moeda na máquina, o dinheiro é automaticamente aspirado para um cofre central, com código e impenetrável. É um sistema preventivo de assaltos e de vandalismo, porque para roubar poucos euros por vezes fazem-se estragos consideráveis”, indica Eduardo Soares. O administrador tem ainda acesso a toda a contabilidade via Internet e recebe sms de avarias nas pistas, entre outras funcionalidades. A própria Autojacto explora dez centros de lavagem, entre as seis centenas instaladas pelo país com a sua tecnologia. A empresa tem 22 empregados e em 2008 o volume de facturação foi na ordem dos 2,5 milhões de euros. Francisco Gomes
Empresa das Gaeiras é pioneira na lavagem self-service de automóveis

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