Joaninha era uma menina pequena, que todos os dias ia sozinha para a Escola. Um dia, particularmente invernoso, chovia muito e o vento era forte, mas a Joaninha como de costume foi para a Escola. Durante o dia o vento começou a soprar mais forte e uma grande tempestade se instalou – os raios eram muitos e de fazer medo. Em dado momento a Mãe da Joaninha pensou que ela era capaz de ter medo de vir para casa sozinha com aquela tempestade tão forte. Assim, meteu-se no caro e foi ao encontro da menina. Depressa a avistou, mas algo se surpreendeu – a Joaninha vinha serena, sorridente e de cada vez que o céu era iluminado por relâmpago, a Joaninha, levantava a cabeça para o céu e sorria. A Mãe meteu-a no carro e perguntou: “Joaninha tiveste medo?” Não, foi a resposta. A Mãe continuou: “Qual a razão de olhares para o céu e sorrires, durante a tempestade?” A Joaninha então respondeu com toda a candura: “Olha, Mãe, eu agradecia a Nosso Senhor as fotografias que Ele me estava a tirar”. Aí está uma maneira óptima de encarar a vida e as suas vicissitudes. Em vez de olhar para as coisas desagradáveis que por vezes nos acontecem e ficarmos paralisados, olhemos mais Além e saibamos, nós que já somos adultos, sonhar e imitaremos a Joaninha, que não sonhava, mas tomava os factos como realidades, porque ainda ninguém lhe tinha tirado a inocência. Maria Fernanda Barroca