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“O cancro da mama está a tornar-se uma epidemia” “Em Portugal morrem diariamente quatro a cinco mulheres vítimas de cancro da mama, uma epidemia que começa a atingir cada vez mais jovens”, alertou Mário Bernardo, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que no dia 22 de Novembro foi ao Centro Cultural e de Congressos das […]
Palestra no CCC

“O cancro da mama está a tornar-se uma epidemia” “Em Portugal morrem diariamente quatro a cinco mulheres vítimas de cancro da mama, uma epidemia que começa a atingir cada vez mais jovens”, alertou Mário Bernardo, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que no dia 22 de Novembro foi ao Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha falar sobre esta doença. Doença normalmente associada a mulheres mais velhas, o cancro da mama começa a ser detectado cada vez mais em raparigas jovens, segundo o relato de Mário Bernardo, que é coordenador do programa de exames de rastreio do cancro da mama na zona sul do país, que iniciou recentemente a sua acção na área do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha (que inclui ainda os concelhos de Bombarral, Óbidos e Peniche). Para este profissional de saúde o cancro da mama está a tornar-se uma epidemia. “Todos os anos são detectados 4.200 novos casos. Nós estamos perante uma epidemia, um problema da sociedade”, revelou. No entanto, considera que se “pode fazer muito para combater esta doença”. “É preciso lutar contra o medo e a negligência”, sublinhou, acrescentando que se um cancro for detectado precocemente “permite um tratamento mais simples, menos agressivo e, mesmo, a cura total na grande maioria dos casos”, maiores possibilidades de cura. Para o médico, é importante que a Comunicação Social comece a dar relevo aos números das mortes por esta doença. Diariamente são detectados 13 novos de casos de cancro da mama e morrem quatro a cinco mulheres. “Se fossem mortes por causa da gripe das aves, o país estava em polvorosa”, sublinhou. O médico falou sobretudo da importância dos rastreios. “É terrível quando convidamos 100 mulheres para um rastreio e só aparecem 55”, lamentou. Segundo este médico é também importante educar as novas gerações para que se saibam alimentar e ter comportamentos mais saudáveis, para evitarem estas doenças. Foi convidada a participar nesta conversa Maria Fernanda Romba, que escreveu o livro “O meu Caranguejo e Eu…”. Este livro é uma compilação de uma série de textos escritos numa altura em que Maria Fernanda Romba sofreu de cancro da mama. “Acabou por ser uma espécie de terapia, embora na altura não fizesse isso de uma forma consciente. Olhando para trás, acho que foi muito útil que tivesse escrito estes textos”, contou a escritora. Agora a ex-paciente de Mário Bernardo acha que o seu livro poderá também ajudar outras pessoas que sofram desta doença e também para alertar para a importância da prevenção. “Nestes textos podem-se encontrar a dor e a revolta, mas acima de tudo a esperança. É essa mensagem que importa passar. É possível sobreviver ao cancro e essa é a melhor mensagem”, afirmou. O primeiro texto é de quando recebeu a notícia de que sofria de cancro e o último é de quando soube de que iria ser avó. Na sua opinião, as pessoas têm de ser consciencializar da importância do seu próprio papel para evitar a doença. “O cancro continua a matar muita gente e há comportamentos que são responsabilidade nossa”, disse. Quando lhe admiram a força, afirma, socorrendo-se de outro autor: “Coragem não é ausência de medo. É fazer o que é preciso, apesar do medo”. Maria Fernanda Romba nasceu em Mértola a 19 de Outubro de 1949. É casada e tem dois filhos. Foi funcionária da administração local. Hoje aposentada, é coordenadora de um núcleo de voluntárias, o que lhe preenche os dias e alegra a alma. Desde há quatro anos é também autarca da Junta de Freguesia de Mértola. Adora a vida e “agarro-me a ela como uma lapa”. Marlene Sousa

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