O tradicional almoço dos viajantes e agentes comerciais de Caldas da Rainha voltou a realizar-se, o que faz deste encontro um dos mais antigos do distrito e do país. Os vendedores das Caldas da Rainha voltaram a praticar uma tradição com mais de quarenta anos, com o almoço convívio no restaurante “O Cortiço”, tendo antes feito uma homenagem aos colegas falecidos e à Rainha D. Leonor. António Prospero, de 75 anos, um dos mais antigos vendedores da cidade das Caldas, lembrou que em 1960 havia muitos vendedores, porque a cidade tinha muitos armazéns e comércio. O agora reformado recorda que no segundo almoço “conseguimos juntar mais de cem vendedores” e que a ideia surgiu depois de “um grupo de antigos colegas ter decidido organizar um pequeno, almoço onde trocávamos impressões sobre onde se vendia mais ou menos e até quem pagava e quem não pagava”. Esta ideia ainda continua, mas agora com as novas tecnologias “sabe-se mais depressa essas coisas”. Apesar disso, “continuamos a estar juntos para recordar os tempos antigos, mas também para trocarmos algumas experiencias”. Hoje em dia o grupo de vendedores é composto por cerca de 50 homens e mulheres que tem em comum exercer a sua função nas Caldas da Rainha e arredores, chegando a haver participantes naturais de Lisboa, Porto e Algarve. António Prospero sublinhou que a profissão de vendedor “tem sempre de existir”, porque apesar de haver as vendas por Internet, “tem de haver sempre o contacto pessoal”. Quanto ao modo como antes se faziam as vendas este reformado recorda os colegas que “fizeram vendas porta em porta, movendo-se por toda a cidade e concelho de bicicleta ou de carroça”, mas também existiam outros que utilizavam as camionetas e o comboio para chegarem ao destino dos seus clientes. Já o vendedor António Ribeiro, mais conhecido pelo “Ramiro”, pertencente este ano à comissão organizadora do 47º almoço, referiu que esta reunião de amigos “é das poucas do país que regista tantos anos, porque todos os anos são escolhidos cinco novos elementos para organizar o almoço de convívio”. No seu entender, a profissão de vendedor “tem futuro”, apesar de considerar que os vendedores se “tornaram cada vez mais em entregadores”. Este novo conceito deve-se ao aparecimento das encomendas pela Internet, já que os homens que percorrem as casas comerciais agora pouco ou nenhuns pedidos obtêm directamente. Carlos Barroso
47º almoço dos viajantes e agentes comerciais de Caldas da Rainha

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