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Cauda de dinossauro do Oeste à venda na Internet

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A cauda de um dinossauro, supostamente encontrada na região Oeste está à venda na Internet, no site do jornal de classificados ‘Ocasião’, na secção de Colecções – Antiguidades. “Dinossauro, espinha dorsal 90% completa”, é a descrição feita por Gonçalo Ribeiro, o dono do achado, que afirma ter um esqueleto de um dinossauro herbívoro encontrada há […]
Cauda de dinossauro do Oeste à venda na Internet

A cauda de um dinossauro, supostamente encontrada na região Oeste está à venda na Internet, no site do jornal de classificados ‘Ocasião’, na secção de Colecções – Antiguidades. “Dinossauro, espinha dorsal 90% completa”, é a descrição feita por Gonçalo Ribeiro, o dono do achado, que afirma ter um esqueleto de um dinossauro herbívoro encontrada há cerca de dez anos quando fazia terraplanagens num concelho da região Oeste, que não descreve, mas que o jornal ‘Correio da Manhã’ aponta ser o Cadaval. “Será legitimo vendermos o nosso património paleontológico como se de um carro, um par de sapatos ou de um quadro se tratasse? O sistema capitalista será aplicável a tudo, mesmo a património de importância científica nacional? Este património é de todos nós ou do actual detentor?”, questiona o paleontólogo Octávio Mateus, perito da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã. Numa carta enviada ao jornal ‘Ocasião”, indica que “Portugal é rico em dinossauros em comparação com outros países, mas ainda assim estes fósseis são raros e não são tão abundantes para que nos possamos dar ao luxo de os vender como se fosse uma mercadoria vulgar”. “Eu tive a oportunidade de observar pessoalmente o espécime em causa, há já alguns anos. Conforme me foi relatado, a cauda e perónio deste dinossauro foram obtidos durante as terraplanagens realizadas pelos actuais detentores destes fósseis. Como paleontólogo, tinha aspiração de estudar aqueles ossos para melhor compreender o tipo de dinossauro e contribuir para o conhecimento da evolução e biologia destes animais. Contudo, o seu detentor sempre procurou o lucro a partir da venda a quem mais pagasse e estudar aquele dinossauro só iria aumentar o valor comercial do mesmo. Optei, deliberadamente, por me afastar”, explica. “Os fósseis como estes são raros e são testemunhos do passado do nosso planeta. É de minha opinião que não devem ser tratados de forma comercial e indiscriminada como de um objecto vulgar se tratasse. Devem estar num museu ou numa universidade, de forma a enriquecerem o conhecimento comum e público”, comenta. Octávio Mateus apelou à empresa Ocasião – Edições Periódicas, Lda. (detentora do site www.ocasiao.pt) que retire imediatamente este item do seu catálogo e “instaure a regra de boas práticas de não comercializar material paleontológico, arqueológico e biológico de importância científica e relevância nacional no seu site”. Ao jornal ‘Correio da Manhã’, o dono do achado garante já ter recebido várias ofertas de compra, mas só não vendeu por ainda não ter encontrado alguém disposto a pagar um preço justo e que dê garantias de dar um uso correcto ao achado. Sem querer adiantar qual o valor que considera justo para vender, Gonçalo Ribeiro admite que já recusou uma proposta de cem mil euros de uma autarquia da Região Oeste. Francisco Gomes

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