Miguel Tavares, de 16 anos, defesa central da Ramalhosa, ficou gravemente ferido na sequência de um soco que recebeu de um adversário, no encontro do Campeonato Distrital de Juniores que opunha a Associação Desportiva da Ramalhosa e o Grupo Desportivo São Guilherme. Decorridos 75 minutos os árbitros que foram seleccionados por ambas as equipas por não terem comparecido juízes oficiais pararam o jogo devido a uma falta. No meio de um protesto, um jogador que havia entrado durante a segunda parte dirigiu-se a Miguel Tavares e agrediu-o a soco. “Houve uma paragem, porque houve uma falta e o jogador protestou. O Miguel estava a olhar aquela confusão como todos, quando foi agredido com um soco. O Miguel ficou estatelado no chão, com três dentes para dentro e a gengiva cortada. Chamámos o INEM, que o levou para o Hospital das Caldas, e a mãe, como é doente oncológica, também foi para o Hospital porque se sentiu mal”, relatou o treinador da equipa da Ramalhosa, Carlos Santos. O agressor, um jogador de também 16 anos, depois do sucedido “apresentava-se agressivo”, segundo o dirigente, que ainda tentou ir à fala com o atleta, mas o mesmo “cresceu” para o treinador, referiu. Para Carlos Santos, não houve razão aparente para o acontecimento, porque nunca se apercebeu que tivessem havido quezilas entre os dois atletas durante o encontro, que estava com o resultado numa igualdade a uma bola, e assim ficou após a equipa de arbitragem ter dado por encerrado o jogo, devido aos incidentes. O encontro estava a ser disputado no passado domingo no campo da Ramalhosa, no Casal da Pedreira, o INEM foi chamado por duas vezes ao terreno para evacuar o atleta e depois a sua mãe. Miguel Tavares recebeu tratamento no Hospital das Caldas mas teve de ser evacuado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para a especialidade de medicina facial e dentária. O presidente da colectividade, Manuel Fialho, assegurou que este caso “vai ser apurado até às últimas consequências, até o agressor deixar de pisar um campo de futebol”. “Somos contra a violência e um rapaz daqueles não merece pisar um campo de futebol”, lamentou. Segundo o treinador da equipa da Ramalhosa, o seu colega da Santa Catarina da Serra tem constantemente ligado para saber como está o atleta ferido, lamentando o sucedido. De acordo com Carlos Santos, outro jogador da Ramalhosa foi agredido durante a partida, apresentando um hematoma na perna. Carlos Barroso