90º Aniversário do Armistício Os portugueses na 1ª Guerra Mundial (homenagem aos caldenses caídos) No dia 11 de Novembro, comemora-se por toda a Europa o 90º. aniversário da assinatura do armistício, da 1ª. Guerra Mundial. O armistício foi assinado numa carruagem pelas entidades envolvidas no conflito da 1ª. Guerra Mundial a 11-11-1918, na localidade de Compiège, a nordeste de Paris. A 1ª.Grande Guerra, (1914-1918) foi a primeira do século XX, que teve como palco principal a Europa, e que pôs pela primeira vez em confronto o poder destrutivo das armas bélicas em escala massiva, que o homem ao longo do fim do século XIX e inicio do século XX, vinha desenvolvendo e aperfeiçoando. Foi sem dúvida o primeiro conflito bélico a nível planetário, pois por um lado lutaram incorporados na Tríplice Entente as Forças Aliadas de 24 países (Bélgica, Brasil, China, Costa Rica, Cuba, E.U.A., França, Grã-Bretanha, Grécia, Guatemala, Haiti, Honduras, Itália, Japão, Libéria, Montenegro, Nicarágua, Panamá, Portugal, Roménia, Rússia, S. Marinho, Sérvia e Sião); e por outro, as Potências Centrais, como (o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro o Império Otomano e a Bulgária). Afirmam uns, que o início deste conflito se deve ao assassinato na Sérvia, por um estudante, a 28 de Junho de 1914, do herdeiro ao trono Austro-Húngaro, Francisco Fernando e de sua mulher; outros recuam no tempo, e debruçam-se sobre as feridas não cicatrizadas de conflitos que tiveram o seu palco na Europa do século XIX, entre diversas nações; e ainda outros debruçam-se sobre as negociações encetadas pela Grã-Bretanha, ao longo de anos com a Alemanha, para a demover do seu expansionismo e predomínio da Europa, do Mundo e dos mares, o que foi totalmente rejeitado pela Alemanha, apesar da Grã-Bretanha colocar no tabuleiro algumas cedências e compensações, de entre outras, o Congo Belga e as nossas colónias de Angola e Moçambique, que faziam fronteira com possessões alemãs, sem o nosso prévio consentimento. Certo é, que, após o assassinato de Francisco Fernando, foi este o pretexto considerado para o início do conflito, pensando-se que seria uma questão que se resolvia em três meses, o que não veio a suceder, prolongou-se por quatro longos penosos e duros anos, vindo a provocar a morte a mais de 8 milhões de seres humanos e mais de 20 milhões de feridos; muitos deles vindo a falecer mais tarde, após o conflito, devido a ferimentos recebidos, outros ficaram incapazes, vindo a falecer gradualmente fruto da evolução do envenenamento com a inalação de gases e muitos milhões ficaram estropiados; a destruição e desagregação de milhares de famílias; a destruição de aldeias, vilas e cidades, algumas desapareceram completamente do mapa; a perda irrecuperável de patrimónios históricos; etc… Após esta catástrofe, nada ficou como dantes; o desaparecimento de 3 impérios, (Alemão, Austro-Húngaro e Otomano), a criação de novos países, novas fronteiras foram traçadas, um enfraquecimento global da Europa, e uma nova potência mundial emergiu, os Estados Unidos da América. Concorreu também para esta catástrofe o desenvolvimento do armamento em larga escala, com o aparecimento de novas armas no palco de guerra, como; as minas, os torpedos, os submarinos, as metralhadoras, os aviões, as bombas com barbatanas e dispositivo deflagrador na extremidade, os gases (cloro e mostarda), os tanques, a bicicleta substituta em larga escala dos solípedes que serviam a arma de cavalaria, a fotografia aérea, o telégrafo, e como se não bastasse, a evolução do armamento era confrangedor, pois cada vez, apareciam armas mais eficientes, de maior alcance, maior precisão, melhor manuseamento, tendo por fim maior capacidade de destruição; são exemplo disso, os aviões, que no inicio do conflito eram construídos em lona e madeira com duas e três asas sobrepostas, acabando no ano de 1918, por serem fabricados em metal com uma só asa transversal e motor central muito mais potente, melhor manuseamento, maior autonomia e maior velocidade; os tanques que no início do conflito, mais pareciam caixotes de ferro, muito pesados e de difícil manuseamento em terreno acidentado, por conseguinte, alvos fáceis; agora (1916), surgem-nos mais eficazes na passagem das trincheiras, com o sistema de lagartas na sua locomoção; o motor de explosão interna aplicado nos submarinos foi de um êxito enorme, vindo a causar enormes baixas aos aliados; a propaganda e a espionagem, que em muito auxiliaram ambas as partes nas suas acções, etc. Seria fastidioso se continuasse a fazer descrição do que se passou e do que se já escreveu sobre este conflito, mas não quero deixar de salientar as batalhas mais significativas, que deram a uns e a outros avanços e recuos na progressão do terreno, ou mesmo, o estacionamento durante largos meses nas trincheiras ficando estas inalteradas com posições estremadas. O palco de guerra englobava várias frentes (F. Ocidental, F. Oriental, Extremo Oriente, Balcãs, África Oriental e Ocidental, e Pacífico). De seguida e por ordem cronológica, faz-se a descrição das batalhas mais significativas da Frente Ocidental, aquelas que mais nos interessa. Frente Ocidental: 1)- Batalha das Fronteiras, de 3 a 26 de Agosto de 1914; 2)- Batalha das Ardenas, de 21 a 26 de Agosto; 3)- Batalha de Charleroi de 21 a 23 de Agosto; 4)- Batalha de Mons de 23 a 24 de Agosto; 5)- Batalha de Cateau de 25 a 29 de Agosto. Total de baixas 8.000; 6)- 1ª. Batalha do Marne de 6/09 a 9 de Setembro; 7)- 1ª. Batalha de Ypres de 8/10 a 22 de Novembro – baixas, 50.000 alemães e 24.000 franceses e belgas; 8)- 1ª. Batalha, das doze de Isonzo a 23-06-1915. No fim de 1915 as baixas italianas ascendiam a 250.000 mortos feridos e prisioneiros; 9)- 2ª. Batalha de Ypres, entrada em acção da arma química “gases”; 10)- Batalhas de Champagne – Fev. e Março – Setembro a Novembro de 1915; 11)- Batalha de Verdun – Fev. a Agosto de 1916. As baixas de ambos os lados cifraram-se em mais 500.000 mortos, feridos e prisioneiros; 12)- 1ª.Batalha do Somme – Junho a Novembro de 1916, (Entrada em acção dos primeiros tanques, o flagelo das trincheiras) – baixas alemãs 600.000, entre mortos, feridos e prisioneiros, e baixas por parte dos aliados, 194.451 franceses e 419.654 britânicos; 13)- Batalha de Messines a 6 e 7 de Junho de 1917- foram capturados 7.500 militares alemães; 14)- 3ª. Batalha de Ypres (Passachendaeie) de Julho a Novembro de 1917; 15)- Batalha de Caporetto de 19-8 a 12-9, as forças dos Impérios Centrais fizeram 275.000 prisioneiros; 16)- Batalha de Cambrai, em Outubro de 1917; 17)- 2ª. Batalha do Somme entre 21-03 a 04-04-1918; 18)- 2ª. Batalha do Marne, as perdas alemãs cifraram-se em 30.000 mortos e feridos, a captura de 800 bocas de fogo de artilharia – nesta batalha está incluída a batalha de La Lys; A partir daqui os aliados tomaram a iniciativa das operações até ao fim do conflito; 18)- Batalha de Amiens a 08-08-1918, as forças americanas em acção fizeram mais de 13.000 prisioneiros alemães e 466 bocas de fogo; do lado americano as baixas foram na ordem dos 7.000 homens. Não posso deixar de salientar a Batalha Naval mais mortífera da história da Grande Guerra, que pôs frente a frente a frota britânica e a frota alemã, no mar do norte, em Maio de 1916 que compreendeu a totalidade de 260 navios; a “Batalha da Jutlândia”, que teve como resultado por parte dos britânicos a perda de 3 cruzadores de batalha, 3 cruzadores, 8 destroyers, totalizando 14 navios afundados, dos quais resultaram 6.097 mortes e 510 feridos; e da parte alemã, a perda de 1 couraçado, 1 cruzador de batalha, 5 destroyers, totalizando 11 navios afundados, dos quais resultaram 2.551 mortes e 507 feridos; ambos reclamaram vitória. Luís Manuel Tudella
História

Últimas
Artigos Relacionados
Celebração do salgueiro na Quinta dos Canários
A associação ambiental Ágora e a Ativista por Natureza, em junto com a Câmara Municipal das Caldas da Rainha e a União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, realizam uma atividade de sensibilização ambiental no dia 3 de maio, entre as 10h30 e as 12h00, na Quinta dos Canários, na Rua Engenheiro António Avelar do Couto, junto ao salgueiro-chorão.
Briturn — regresso britânico
Brexit, acrónimo de British exit, saída britânica. Por cá, diz-se e escreve-se «o Brexit», contrariando o género do substantivo “saída”. Adiante.
Formação desportiva
O Auditório Municipal da Casa da Música, em Óbidos, é palco, no dia 31 de maio, da 2.ª edição da Formação Desporto Óbidos+Ativo, uma iniciativa que reúne treinadores, especialistas e agentes do setor desportivo para uma tarde de partilha de conhecimento e atualização profissional.
0 Comentários