O Centro de Saúde do Cadaval passou a estar encerrado da meia-noite às oito da manhã, desde o início de Novembro. A Câmara garante ter assegurado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) “uma série de compensações exigidas pela Autarquia, de modo a minimizar os impactos causados nos cuidados de saúde da população por esta alteração forçada”. O presidente da Câmara, Aristides Sécio, revelou que a interrupção do SAP (Serviço de Atendimento Permanente) do Centro de Saúde do Cadaval verificar-se-á das 24:00 às 8:00 horas até ao dia 15 de Dezembro, ficando a partir daquela data a interrupção daquele serviço entre as 22:00 e as 08:00 horas. O SAP será desdobrado em Consultas de Recurso entre as 08.00 e as 16.00 horas e Atendimento Complementar entre as 16.00 e as 24.00/22.00 horas, “garantindo sempre um atendimento urgente”. Para além do atendimento prestado pelo Hospital Distrital de Torres Vedras, a ARSLVT desbloqueou a possibilidade dos utentes do Cadaval poderem ser atendidos em urgência, no período entre as 24 horas, numa primeira fase, e as 22 horas, numa segunda fase (já definitiva), e as 8:00 horas do dia seguinte, no serviço de urgências do hospital de Caldas da Rainha. “A ARSLVT irá ministrar formação adequada a um conjunto de pessoas que prestarão cuidados de saúde primários à população do concelho, dotando ainda viaturas especificas com equipamento de suporte de vida, a fim de minimizar o não funcionamento das urgências no período nocturno”, indicou o presidente da Câmara. Aristides Sécio adiantou que a ARSLVT “assegurará o pagamento de todos os transportes de retorno das urgências dos referidos hospitais, independentemente da gravidade diagnosticada”. “A verificarem-se os pressupostos assumidos por parte da ARSLVT, julgamos poderem estar asseguradas, com alguma razoabilidade, as condições mínimas de prestação de cuidados de saúde da população do concelho, perante esta determinação da Administração Central”, manifestou o autarca, assegurando que a Câmara “continuará atenta à aplicação na prática das medidas compensatórias preconizadas pela ARSLVT”. Francisco Gomes