Um arrastão com 32 metros encalhou no molhe de leste do porto de abrigo de Peniche, na noite do passado dia 28, ficando com uma amolgadela no casco. A embarcação, matriculada em Viana do Castelo, esteve de passagem pelo porto de Peniche, abrigando-se do mau tempo, e acabou por sofrer um pequeno incidente à saída do porto de abrigo. “Devem ter batido nas lajes que estão no molhe Leste na entrada do porto de abrigo”, revelou Guerreiro Cardoso, comandante do porto de Peniche. O responsável adiantou também que algo correu mal na manobra do arrastão que normalmente atraca no porto de Leixões, onde a entrada da barra é idêntica, mas sem as lajes tão saídas. “Eles devem ter encostado mais o arrastão ao molhe, pensando que este porto era igual ao de Leixões, onde costumam atracar, e algo correu mal aqui. Ficaram presos nas lajes, cerca de 20 a 30 minutos, mas saíram pelos próprios meios”. Ainda assim foi accionada, pelas 21h20, a embarcação Vigilante ao serviço do Instituto de Socorros a Náufragos e a Polícia Marítima, que também esteve no local e está a desenvolver um inquérito para apurar as razões deste embate. Luís Ferreira, o mestre do arrastão, “Justino Ramalheira” contou ao JORNAL das CALDAS que iam a sair para a faina, quando embateram “com o casco em alguma coisa”. “Somos de Vila do Conde e como é a primeira vez que aqui viemos, não sabemos como é o porto, tivemos azar e batemos em alguma coisa”, descreveu o mestre da embarcação. A bordo do “Justino Ramalheira” iam 11 pescadores que “não sofreram qualquer ferimento” e que seguiram viagem para norte, pelas 17h30 do dia seguinte ao acidente, depois de uma vistoria efectuada por um mergulhador, que encontrou apenas uma amolgadela no casco. “Tivemos o dia todo parados no porto de Peniche, porque esperámos pela inspecção de um mergulhador, que felizmente apenas encontrou uma amolgadela do casco. Não é nada de grave, mas ainda assim vamos para o estaleiro para reparar deste pequeno estrago e depois voltaremos à faina”, afirmou Luís Ferreira. Carlos Barroso