O Núcleo de Caldas da Rainha do Cenfim, com o apoio da Câmara Municipal de Caldas da Rainha e a empresa Megajoule, realizou um seminário sobre “Energias Renováveis”, que decorreu no passado dia 17, com a presença de 235 pessoas, que durante um dia ouviram vários especialistas a falar sobre o tema da actualidade, no grande auditório do Centro Cultural e Congressos (CCC) de Caldas da Rainha. “Num cenário de alterações climáticas, de aumento dos custos dos combustíveis tradicionais e de dependência energética, as energias renováveis têm assumido, nos últimos anos, um papel de relevo”, descreveu a organização. “Algumas fontes renováveis de energia, como a eólica ou a solar, têm tido taxas de crescimento acentuadas, sendo que a eólica é já a forma de produção de electricidade que, em valor absoluto, apresenta volumes de instalação anual de nova capacidade mais elevados”, acrescentou. Do ponto de vista económico, as energias renováveis “contribuem para a redução da dependência energética, permitindo ainda o aparecimento de todo um mercado associado e, consequentemente, de um novo tipo de emprego qualificado em diferentes sectores de actividade, desde a Investigação aos Serviços e à Indústria”. Segundo Manuel Santos Rosa, presidente do conselho de administração do Cenfim, o evento “tem uma importância fundamental num momento em que se fala dos avanços tecnológicos que estão pouco conhecidos”. Ao nível do Cenfim, lembrou que a instituição centra-se na formação dos recursos humanos e por isso “é muito importante ter este tipo de acções uma vez que já temos cursos específicos na área solar e brevemente na instalação de sistema”. Para a directora do núcleo do Cenfim de Caldas da Rainha, Cristina Botas, o seminário “foi muito bom”, uma vez que a ideia inicial era fazer uma pequena sessão de esclarecimento para cerca de 20 pessoas. “Começámos a formar pessoas e por força da empresa Ar Caldas foi lançado o desafio de fazer uma sessão de esclarecimento sobre este tema, porque temos tido muita formação de pessoas na área das energias renováveis. Há muita carência nesta área e temos formado essencialmente adultos e activos. Actualmente temos tido muita procura de jovens, inclusive uma empresa espanhola tem recrutado muitos jovens”, explicou a directora. “Grande parte das empresas representadas no seminário não trabalha com o Cenfim e com o sector, o que poderá representar um novo crescimento”, sublinhou. Num dos vários painéis, Rui Barros, coordenador do projecto “Energia das Ondas” da ENERSIS, lembrou a zona piloto da Região Oeste, que vai desde a costa de São Pedro de Moel na Marinha Grande, passado por Nazaré, São Martinho do Porto, Foz do Arelho e terminando em Peniche, como “o local para um parque de ondas com uma optimização de condicionantes”. “Ao largo da costa portuguesa poder-se-iam instalar 5 GW de parques de ondas capazes de produzir 12 TWh de energia eléctrica, o que correspondente a 20 % do consumo eléctrico actual. Portugal tem vantagens competitivas, costa extensa, massa crítica, rede forte junto à costa, recurso e batimetria adequados e núcleo científico, tradição náutica”, concluiu. Durante todo o dia debateu-se ainda sobre “A Energia que vem do Mar”; “Microprodução – Licenciamento e acesso à rede”; “Estado de Desenvolvimento da Energia Eólica”; “Internacionalização da EDP Renováveis”; “A Energia Solar”; “Bio Combustíveis”; “O Presente e o Futuro para as Energias Renováveis” e “Energias Renováveis – Uma Oportunidade para o Sector Metalúrgico e Metalomecânico”. Novas instalações Fernando Costa, presidente da Câmara, enalteceu a organização ao mesmo tempo que anunciou a candidatura a Fundos Comunitários para a construção de uma nova sede para o Cenfim. “O Cenfim vai ficar na história deste edifício porque organiza aqui o primeiro congresso e a Câmara está a trabalhar com a direcção para ser elaborada uma candidatura a Fundos Comunitários para a construção de uma nova sede, com mais espaço”, disse. Manuel Santos Rosa, mostrou-se bastante satisfeito com o anúncio do autarca e lembrou que “desde que a instituição se instalou nas Caldas da Rainha sempre teve o apoio da Câmara e agora, mais uma vez, a autarquia está a querer dar mais dignificação ao Cenfim”. Cristina Botas acrescentou que é intenção que a futura sede cumpra as regras de auto-suficiência energética sendo uma referência no país, dando por isso resposta a um dos objectivos do seminário sobre “Energias Renováveis”. “Gostaríamos que a nova sede das Caldas fosse semelhante à do núcleo de Arcos de Valdevez, onde já há poupança dos recursos naturais e por isso trouxemos o projecto para ser analisado pela Câmara das Caldas”. “Temos condições para fazer muito, mas temos o espaço esgotado. Temos estado a articular a parte profissional com as escolas para termos espaço. O Núcleo está num local muito simpático e se pudesse crescer ali era o ideal, estamos no limite. Uma casa nova dava-nos um outro tipo de voos”, disse. Anualmente passam pelo Cenfim mais de duas centenas de formandos, divididos por períodos diurnos e nocturnos. Carlos Barroso
Cenfim promoveu Seminário sobre “Energias Renováveis”
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