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V Fórum GPS – Educação e Formação,

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Marçal Grilo apresentou uma visão muito própria em relação à educação em Portugal O Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, acolheu durante dois dias cerca de 800 professores num encontro sobre o tema “Serviço Público de Educação”. A abertura dos trabalhos contou com a presença do ex-ministro da educação, Marçal Grilo que disse: […]
V Fórum GPS - Educação e Formação,

Marçal Grilo apresentou uma visão muito própria em relação à educação em Portugal O Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, acolheu durante dois dias cerca de 800 professores num encontro sobre o tema “Serviço Público de Educação”. A abertura dos trabalhos contou com a presença do ex-ministro da educação, Marçal Grilo que disse: “Uma escola para funcionar bem, seja pública ou privada precisa de um projecto educativo, uma liderança forte e um corpo docente estável”. Mais de 800 docentes e colaboradores integrados nos 22 colégios que o grupo GPS – Educação e Formação, possui no país, reuniram-se no Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, nos dias 8 e 9 de Setembro para o V Fórum- Educação e Formação, que debateu o tema “Serviço público de educação, que contributo para o país?”. Apresentando uma visão muito própria em relação à educação em Portugal, Marçal Grilo, o antigo Ministro da Educação entre 1995 e 1999, fez uma comunicação neste encontro considerando que as escolas devem alcançar uma maior autonomia do Ministério, sublinhando que devem ser os próprios estabelecimentos de ensino a escolherem os professores e a definirem as suas regras e regulamentos. Para Marçal Grilo, os professores são essenciais e devem servir de referência. “Os professores não gostam de ser uma referência, até se vestem como os alunos”, frisou. Referiu ainda que “a afirmação da personalidade é fundamental num professor. É essencial que assuma o que pensa sobre as questões perante os seus alunos. A autoridade é uma questão de atitude e personalidade”. Segundo este ex-governante, falta em Portugal a voz das escolas. “Só temos a voz do Ministério e a voz dos sindicatos”, comentou. De acordo com este ex-dirigente, “a educação é tarefa de todos e não exclusiva dos professores”, acrescentando que “a escola que tem como função transmitir: a formação base (língua materna, matemática, história, ciências, tecnologias); atitudes e comportamentos como autonomia, liderança, enpreendedorismo e valores, respeito pelos outros e solidariedade”. Marçal Grilo, actualmente administrador da fundação Calouste Gulbenkian, considera que a primeira prioridade é “transformar os alunos em leitores”. “Quem lê aprende sempre, toda a vida”, sublinhou, acrescentando que, “vivemos com o horror da cultura televisiva”. Para este ex-governante a Escola Privada também presta um serviço público, “o que conta não é a génese da instituição mas sim como serve a sociedade”, explicou. E no futuro, o que se pode fazer para melhorar as escolas? O ex- Ministro da Educação deseja uma autonomia crescente. “Um Ministério menos interveniente e mais regulador e professores que sirvam de exemplo “, sublinhou. Em relação à sociedade portuguesa o Ministro da Educação referiu que Portugal é um país de contrastes “onde o melhor convive lado a lado com o pior”, revelando que cerca de 60% da população tem o sexto ou menos anos de escolaridade e 80% dos empresários têm o nono ou menos anos de escolaridade. Para Marçal Grilo, os portugueses são pouco exigentes consigo próprios e por consequência com os outros: “têm pena de si próprios; gostam de pertencer ao problema e não à solução; são invejosos do sucesso do outro e uma grande parte da população acha que o sucesso tem mais a ver com a sorte do que com o trabalho”. O Grupo GPS, é uma empresa que se dedica ensino particular e cooperativo em 22 unidades escolares nos distritos de Lisboa, Santarém, Coimbra, Castelo Branco e Viseu. Anualmente, no início de Setembro, reúne os seus colaboradores, docentes e não docentes da área de educação e formação, dando, resposta à detecção de necessidades de formação de cada unidade escolar. Na sessão de abertura deste congresso o presidente do conselho de administração da GPS, António Jorge Calvete, sublinhou que o projecto educativo do grupo “visa a excelência académica” para os 10 mil alunos que constituem as comunidades educativas da GPS. O responsável disse que as escolas GPS “nas décadas de 80 e 90 responder a algumas carências de zonas que não tinham qualquer estabelecimento de ensino a partir do 5º anos, numa postura de desenvolvimento educativo de várias regiões, numa quadro de parceria com autarquias, dentro de um espírito inovador e dinâmico”. António Calvete revelou que os sistemas educativos dos EUA, Inglaterra, Suécia, Holanda, Finlândia entre outros, “têm sido descentralizados, proporcionando um governo de proximidade, uma maior autonomia e abertura a parcerias público-privadas ou à existência de escolas públicas e particulares em igualdades de prestação do serviço público de educação”. Para este responsável, a finalidade da autonomia “é a melhoria da educação”, considerando que “o processo de descentralização de competências em matéria de educação para os municípios poderá abrir espaço a parcerias com os privados, que revelaram, em Portugal, ao longo das décadas, que “podem fazer melhor o governo de proximidade, articular com as autarquias e com as comunidades educativas autênticas…”. É vontade deste dirigente estabelecer parcerias para a melhoria na educação em Portugal. “Pugnamos por transformar as escolas em comunidades críticas de aprendizagem, na procura do conhecimento, analisá-lo criticamente, resolver problemas, descobrir competências e destrezas para a compreensão do mundo e da melhoria”, disse. O Presidente da Câmara Municipal das Caldas Fernando Costa e O presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), João Alvarenga também estiveram presentes na sessão de abertura do V Forum GPS. O colégio convidou elementos dos Conselhos Executivos das escolas caldenses para participarem neste fórum dedicado à educação. No segundo dia deste encontro os professores integraram as 25 oficinas de formação compostas por vários temas, como “Educação para a Saúde”, “Estratégias no ensino da matemática”, “As TIC no Processo de Ensino-Aprendizagem”, “Necessidades Educativas Especiais no Sistema Educativo” ou “Gestão dos Programas de Língua Portuguesa”. Marlene Sousa

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