A equipa sénior do Caldas fez a sua apresentação oficial, no passado dia 23, no Café Concerto do Centro Cultural e Congressos (CCC), um local escolhido com o objectivo de que o clube cada vez mais faça parte integrante da cidade caldense. Presentes na cerimónia de abertura da temporada 2008/09 estiveram todos os atletas, acompanhados de Gila, o técnico principal, alguns familiares, amigos e naturalmente as entidades oficiais, para além dos elementos da comissão administrativa (CA) António Ferreira, presidente da Assembleia Geral (AG), foi o primeiro a discursar salientando o local escolhido para a apresentação da equipa, uma vez que o CCC, um local moderno e recente, é o sítio certo para o clube das Caldas se mostrar à cidade e procurar o apoio dos caldenses. O presidente da AG lembrou o virar do rumo que o Caldas apresenta esta temporada, considerando que a aposta em jogadores formados no clube é a aposta certa para que o clube se revitalize. “O Caldas está num ponto decisivo, ainda está em alto mar, mas com a praia à vista, mas o perigo ainda é grande porque até à praia ainda há muita rebentação e muitas correntes que podem fazer andar para trás, contudo este é o momento certo e estes são os passos certos que o clube tem que dar por isso temos que dar todos os nosso apoio”, disse António Ferreira. Para António Ferreira esta é hora também de se preparar o futuro e este “passa por uma Sede própria, porque é daí que vem uma identidade própria que este momento não temos”, explanou, sublinhando de seguida o feito histórico alcançado pelo Caldas na época transacta. “É histórico o clube ter quatro equipas nos nacionais e é mais uma razão para apoiar o clube, não há justificação agora para os caldenses não passarem pela Mata, porque ao sábado à tarde, ao domingo de manhã e ao domingo à tarde temos oportunidade de ver bons jogos”, apontou. O presidente da AG terminou a sua intervenção fazendo “votos de sucesso à CA e a esta equipa de futebol”, visto que “foi precisa muita coragem desta equipa técnica e destes jogadores para abraçar este projecto e é essa coragem que devem levar para dentro de campo” Gila, treinador dos alvinegros, agradeceu oportunidade que lhe deram de “regressar ao clube da minha cidade e que me diz muito e ao qual estou ligado há muitos anos, directa ou indirectamente” Gila espera apoio da cidade ao clube O técnico deu as boas vindas aos jogadores e sustentou que “certamente vai ser um ano muito difícil, um ano de ‘experiência’, mas que traduz a aposta na política correcta para o Caldas” O mesmo frisou igualmente que “é um desafio que vamos encarar com vontade de trabalhar para nos suplantarmos e conseguirmos algo de positivo não semana a semana, mas dia a dia, momento a momento, num trabalho constante, é só isso que vou prometer”, disse. Fora das quatro linhas de jogo, Gila também espera que haja empenho. “Deverá haver um grande apoio dos sócios e da cidade em torno do clube, porque se não for este ano que a cidade se une em redor do clube, dificilmente isso acontecerá no futuro”. Manuel Nunes, em representação da AF Leiria, mostrou-se agradado com o caminho escolhido pelo Caldas esta temporada, vincando que “há 40 anos que andamos a dizer que é este o caminho do Caldas e dos clubes com o estatuto do Caldas, andou-se a estragar recursos uma série de anos, a afastar a população do concelho do Caldas e a trilhar-se caminhos incorrectos. Disse isto numa tomada de posse de uma direcção que tinha uma presidente, num hotel, disse que era bom pensar no que se tinha e a partir daí evoluir com vontade, com capacidade e com inteligência”. Portanto, “como associado, ex atleta e ex treinador do Caldas, só tenho a dizer que finalmente se encontrou uma direcção que conseguiu fazer o que deve ser feito.” O representante da AF Leiria, apontou que se o Caldas “descer de divisão não vai ser nenhum grande acidente porque se o clube estiver organizado no próximo ou no outro volta a subir”, pois, “o Caldas tem e sempre teve bons jogadores a sair dos seus escalões de formação e se tudo correr bem no futuro o problema vai ser onde colocar os jogadores a mais que são bons” A política correcta Vasco Oliveira, presidente da Junta Freguesia N.S. Pópulo, deu a conhecer que concorda com a política escolhida pela CA. “O Caldas orgulha-me esteja onde estiver, o que é fundamental agora é preparar o clube para voltar a erguer-se com alicerces, porque nos últimos anos tem vivido a acima das suas possibilidades”, referiu o autarca, acrescentando que “o Caldas está bem entregue, estes directores são pessoas de grande calibre, o Vítor Marques já deu provas bastantes na secção jovem” Em relação aos atletas, Vasco Oliveira felicitou-os “por envergarem esta camisola que devem envergar com orgulho”, Vítor Marques, presidente da CA, explicou que toda a cerimónia foi apenas um acto simbólico e uma forma de agradecer a colaboração das entidades, nomeadamente, PSP, Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha, Câmara, AFL, patrocinadores, entre outros. No que diz respeito aos jogadores, o presidente da CA destacou que os mesmos “são o expoente máximo da formação do Caldas e é o que pretendemos, que seja o expoente máximo da formação, o fruto do trabalho e dos bons resultados dos escalões de formação, dos caminhos trilhados ao longo dos anos por várias direcções, por muitas pessoas que se esforçaram para o clube conseguir os resultados históricos que o clube teve na época passada e termos agora quatro equipas nos campeonatos nacionais, que é muito importante para o clube, para a cidade e certamente para a AFL e para o distrito” Vítor Marques fez questão de sublinhar o trabalho desenvolvido nas trincheiras pelos directores ao afirmar que “os directores são rostos que muitas vezes nem são conhecidos, porque trabalham pelo gosto de ajudar na formação desportiva e mesmo na educação destes atletas e porventura o Caldas tem o património humano mais rico no distrito de Leiria ao nível dos directores de escalão e dos pais que acompanham as equipas”. Todavia, não há futebol sem adeptos e no que concerne aos mesmos Vítor Marques fez um apelo. “Peço mais uma vez que se façam sócios, porque para cada um o esforço não é muito, mas o de todos junto é muito importante para o Caldas”, portanto “participem também nas actividades do clube e assistam aos jogos.” Encarando com realidade o futuro do Caldas, o presidente da CA lembrou as linhas orientadoras com que se apresentaram na AG onde foram eleitos. A primeira passava por “dar continuidade na equipa sénior ao bom trabalho da formação, e aqui está esse primeiro ponto e assim teremos a coragem de continuar assim no futuro O segundo encarar o orçamento com rigor e realidade, com noção das dificuldades, sabendo o que temos e o que podemos gastar porque temos que honrar o clube e os compromissos anteriores que por uma razão ou por outra não puderam ser cumpridos, e o terceiro pelo aproximar os caldenses ao Caldas”. Sobre este terceiro ponto Vítor Marques deu o seu próprio exemplo, revelando que “num passado recente o meu primeiro clube também não era o Caldas e com muita gente é assim, mas não faz sentido e era importante que todos os caldenses sentissem o Caldas como o seu primeiro clube, isto constrói-se. Vamos fazer uma série de actividades para chamar as pessoas e pedimos que apareçam”, apelou mais uma vez. Mais um sintético para as Caldas A Tinta Ferreira, vereador do desporto, coube a honra de fechar os discursos dos convidados do Caldas. O edil considerou a apresentação do Caldas “uma cerimónia importante”, acrescentando que “o Caldas tem vivido períodos de algumas dificuldades do ponto de vista financeiro que tem criado alguma instabilidade directiva, mas em simultâneo consegue momentos bons a nível desportivo, como provam as quatro equipas nos nacionais.” Tinta Ferreira também fez notar o trabalho desenvolvido nas camadas jovens do clube alvinegro. “Tem havido um trabalho de pessoas a nível directivo e técnico que tem permitido receber e acarinhar este conjunto de atletas desde os mais jovens aos seniores que permite ser o clube com mais jovens inscritos na AFL e ter quatro equipas nos nacionais e esse trabalho é de salientar”. Para o vereador, “o facto dos seniores terem descido à III pode ter sido um passo atrás, mas não é uma questão tão grave quanto isso, creio que o lugar do Caldas é na II, mas o facto de ir à III não é assustador se for entendido como um momento de reorganização, de envolver as pessoas no clube, de criar condições de sustentabilidade para o futuro”, frisou. Com a descida de divisão o contrato programa com a autarquia poderia sofrer alterações não muito boas para o Caldas, no entanto, Tinta Ferreira reportou que “neste momento de dificuldade optámos por manter as mesmas condições financeiras que permitissem resolver o problema das dívidas às Finanças e Segurança Social, desde que o espírito de quem dirige seja este que aqui vemos”, na medida em que “só com esta estratégia é possível ter presente e futuro para o Caldas” Com tantas equipas e atletas o Caldas tem o seu espaço bastante lotado pelo que o anúncio que Tinta Ferreira fez de seguida alegrou as hostes caldenses. “A Câmara já abriu concurso para a construção do novo campo de futebol sintético no Complexo Desportivo que será colocado ao serviço dos clubes do concelho que pratiquem futebol, atribuição proporcional à dimensão e ao peso que os clubes têm no desenvolvimento das suas actividades, e o Caldas será um dos clubes a utilizar esse espaço, desejo que não demore tanto fazer como o da Quinta da Boneca, se assim for na próxima época desportiva teremos mais um campo sintético”, salientou. Ana Norte Plantel 2008/09 Permanências: Tiago Santos, Duscher, Jorge Barros, Marco Custódio, Marco Duarte. Pidocha, Miguel Andrade, Miguel Guerra e Ricardo Santos.
Equipa sénior do Caldas apresentou-se no CCC

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