Viajantes jantam nos bombeiros e fazem actividades na estação da CP O Expresso das Nações, enquanto comboio de meio de transporte foi composto por seis composições, que foram utilizadas para os jovens pernoitarem, havendo uma sétima carruagem que servia de vagão-restaurante e uma oitava que era a locomotiva, que atravessou toda a Linha do Oeste e uniu-se à Linha do Norte. Os jovens participantes chegaram à estação ferroviária das Caldas pelas 20h00 de 24 de Junho e foram jantar à Cantina dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha. Depois da refeição o grupo voltou à estação e desenvolveu uma actividade artística, pintando faixas, que entregaram aos executivos autárquicos das cidades que visitaram. Nas Caldas da Rainha, Pedro Carmona, representante da Associação Intercultura AFS Portugal, lamentou “não poderem passar mais tempo”, mas enalteceu o apoio da associação humanitária dos bombeiros. “É provável que esta iniciativa é provável que volte a acontecer”, desejou Pedro Carmona, que frisou que “esta iniciativa previne conflitos, desde um pequeno que possa existir em casa, até um conflito de uma guerra”. “Parte-se do princípio que existe uma diferença entre nós e o outro. Nós trabalhamos nesta faixa etária porque é determinante no desenvolvimento do indivíduo e estabelecemos uma rampa de desenvolvimento para o futuro”, disse o monitor. Pedro Carmona reconheceu que gerir estes jovens “é um desafio constante, mas consegue-se, porque todos eles falam português e os monitores têm experiência nas dificuldades de comunicação entre indivíduos”. “Para ajudar nessa comunicação temos actividades interculturais todos os dias para eliminar qualquer barreira. Não queremos que seja apenas um passeio turístico”, fez notar. “A promoção do diálogo intercultural como instrumento para auxiliar os cidadãos a adquirirem conhecimentos e aptidões que lhes permitam compreender e interagir com um ambiente de grande diversidade cultural. Pretendemos não só celebrar a diversidade, como criar pontes de entendimento e reforçar a coesão social”, referiu nas Caldas da Rainha Rosário Farmhouse, Alta Comissáriada para Imigração e Diálogo Intercultural. Depois das Caldas da Rainha, o “Expresso das Nações” levou o grupo de comboio até ao Porto, parando em Leiria e Aveiro. No quinto dia, já de autocarro, deixando o comboio no Porto, foram até Coimbra, onde visitaram a universidade. O regresso teve uma paragem na Figueira da Foz, onde o grupo trocou de “casa” para se dirigir a Lisboa por mar, num veleiro. Durante a viagem os jovens, tiveram a oportunidade de participar em inúmeras actividades lúdicas, visitas turísticas, debates, jogos e animação cultural. Carlos Barroso Talita Dias, 15 anos, Brasil “É uma oportunidade impar, única mesmo. Eu não conhecia o norte de Portugal e esta viagem é uma óptima oportunidade. Estou a adorar. Além de ganhar muita experiência e maturidade, faço novas amizades e conheço muita gente de diferentes países”. Ana Mendes, de 15 anos, Portugal “Surgiu a possibilidade através do grupo da Escola Secundária Domingos Sequeira, de Leiria, e achei que era uma boa oportunidade para conhecer pessoas e novas culturas. Com esta viagem quebramos a barreira que alguns jovens criam em relação a raças”. Oksana Kravets, de 15 anos, Ucrânia “É uma boa oportunidade de conhecer pessoas. Como vivo em Portugal, aproveitei para conhecer as culturas de outras cidades e fazer mais amigos de outros países. É fixe. Em todos os sentidos vou saber mais das outras pessoas nesta viagem e vou conhecer pessoas de outras culturas. Isto é uma experiência de vida muito importante para mim”. Valter Lopes, de 15 anos, Cabo Verde “Acho muito engraçado estar com outras pessoas de outros países. É muito interessante conhecer outros locais de Portugal. Estar com as pessoas e a conviver é muito importante. Durante esta viagem conheci mais amigos, novos locais, novas culturas e tudo isto numa união muito importante”.