António Peralta e Vítor Dinis, membros da Comissão Cívica de Protecção de Linhas de Água e Ambiente, voltaram a apresentar-se na sessão da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha para deixarem alguns alertas ao executivo e deputados municipais sobre o estado do ambiente. O primeiro a usar da palavra foi António Peralta, que apresentou um documento onde constam algumas análises a terrenos das Águas Santas que supostamente estão contaminados com alegados dejectos que o Rio Sujo e Rio da Cal transportam. “É preciso ter algum respeito pelo ambiente das Caldas da Rainha. Há uma alta poluição no Rio da Cal e Rio Sujo”, afirmou. Já Vítor Dinis apresentou cinco pontos ambientais que preocupam a Comissão e que gostaria de ver resolvidos. “Têm-se verificado várias obras de saneamento na cidade, mas suscitam dúvidas se as águas residuais são separadas das águas pluviais. Porque quando chove a água salta das grelhas do saneamento e a água que deveria ser limpa geralmente é água podre e mal cheirosa e de onde saem ratos. Ficamos com dúvidas até que ponto as obras estão a ser bem feitas”. Como segunda dúvida, o porta-voz da Comissão levantou a questão da requalificação da Rua Dr. José Saudade e Silva, uma vez que as grelhas existentes na artéria “não são suficientes ou não estão ligadas, porque quando chove os carros continuam a salpicar as pessoas que ali passam”. Como terceiro alerta, Vítor Dinis escolheu a aniquilação de linhas de água, denunciando que a Ribeira da Azenha foi cortada. “Da parte do senhor presidente da Câmara não há sensibilidade para as linhas de água. O senhor presidente da Câmara já disse que se fossem linhas de vinho se preocupava mais e a Comissão aceitou a afirmação com ironia”, declarou. Vítor Dinis aconselhou ainda o presidente da Câmara a “comprar flores de plástico e colocá-las nos espaços verdes e nas rotundas, porque assim não gasta dinheiro com a sua manutenção e as flores de plástico são vitalícias”. Como quarto tema falou da ETAR das Caldas da Rainha, duvidando se o sistema recebe a totalidade dos resíduos produzidos na cidade. “Já não pomos em dúvida se a ETAR funciona ou não. Agora duvidamos que a ETAR receba os 100% das águas residuais das Caldas. Na nossa opinião, a ETAR só recebe 40% e os restantes 60% vão directamente para a Lagoa de Óbidos”. Por último, falou da Lagoa de Óbidos onde apontou que “a aberta está mais a norte”, frisando que “a Lagoa está muito assoreada”, apelando para a Câmara Municipal das Caldas se unir à Câmara de Óbidos. Mário Pacheco, deputado do PS, lembrou a ideia que lançou quando propôs um plano de salvaguarda das linhas de água. Quanto à questão da ETAR, pediu para os Serviços Municipalizados para fazerem um relatório sobre a sua capacidade de tratamento, porque as dúvidas existem. Manuel Isaac, da bancada do CDS-PP, declarou que “à vista de todos há uma linha de água e constroem em cima dela”. A vereadora Maria da Conceição disse que “as análises são extremamente positivas”, mostrando-se surpreendida com facto da comissão não ter consultado “um documento da Câmara e dos Serviços Municipalizados que esteve em debate público e que obriga a separação das águas pluviais da rede de saneamento”. A autarca pediu para que os elementos da comissão “se informassem melhor” quanto ao facto do presidente da Câmara de Óbidos ter a solução para desassorear a Lagoa. “Pergunte ao senhor presidente da Câmara de Óbidos porque não autoriza os dragados da Lagoa no local escolhido pelo Ministério do Ambiente e porque é que não se fazem dragagens”, manifestou Maria da Conceição. Carlos Barroso
Estado do ambiente no concelho em debate na Assembleia Municipal
25 de Junho, 2008
António Peralta e Vítor Dinis, membros da Comissão Cívica de Protecção de Linhas de Água e Ambiente, voltaram a apresentar-se na sessão da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha para deixarem alguns alertas ao executivo e deputados municipais sobre o estado do ambiente. O primeiro a usar da palavra foi António Peralta, que apresentou um […]
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