A Associação Industrial da Região Oeste (AIRO) lamenta que medidas apresentadas há três anos ao Ministério da Economia não tenham sido concretizadas para permitir às empresas de cerâmica manter a sua competitividade internacional. A AIRO aponta que com o encerramento da Secla, será a quinta empresa cerâmica com dimensão a cessar a actividade desde 2005 só nas Caldas da Rainha, depois da Pastoret, Le Faubourg (ex-Faianças Subtil), Barrarte e A. Santos. “Independentemente das especificidades da situação de cada uma destas empresas privadas e com a sua própria gestão, há causas comuns, entre as quais a AIRO sempre destacou o custo da energia e do dinheiro”, manifesta a direcção da AIRO, em comunicado. “Em Junho de 2005 apresentámos no Ministério da Economia um documento solicitando medidas preventivas e de apoio (não subsídios), em condições que permitissem às empresas de cerâmica, fortemente exportadoras, manter a sua competitividade internacional. Medidas simples, concretas exequíveis e com efeito alavanca se fossem tomadas a tempo, mas não foram”, sublinha. “Provavelmente o Estado ainda não fez bem as contas aos custos à posteriori de subsídios de desemprego e afins, para além das terríveis consequências sociais da desertificação da actividade industrial”, sustenta. A direcção da AIRO recorda que “a partir de Outubro de 2007 e a nível regional houve encontros das administrações de três empresas (Secla, Bordalo Pinheiro e Molde) com o Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, naturalmente preocupado com a situação e onde foi pedida intervenção politica para uma equipe de apoio à Eficiência Energética nas fábricas e mudança de atitude da Banca, assim como apoio para participação conjunta forte em Feiras Internacionais”. “Após a mudança de planos de localização para o futuro Aeroporto Internacional de Lisboa, da Ota para Alcochete, houve negociações de compensação entre o Governo e a AMO (Associação de Municípios do Oeste), para as quais a AIRO não foi consultada nem participou e cujos resultados finais ainda se desconhecem”, lamenta. “Considerando que há pelo menos dois municípios do Oeste (Alcobaça e Caldas da Rainha) cujo tecido empresarial é fortemente afectado pela situação da Industria Cerâmica, esperamos sinceramente que as citadas medidas financeiras urgentes tenham sido consideradas no pacote de compensações”, afirma a AIRO, que deixa o alerta: “Se as autoridades centrais e regionais pretenderem de facto salvar o sector cerâmico não se iludam: Urge exigir a abertura imediata de uma linha de crédito específica para financiar a cerâmica”. Francisco Gomes
AIRO reclama linha de crédito para o sector cerâmico
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