Dívidas resolvidas com venda de património e menos 43 trabalhadores Numa reunião de esclarecimento sobre a situação actual da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Jorge Serrano, administrador da empresa caldense, revelou que dentro de duas semanas se verificará o encerramento do PEC – Procedimento Extrajudicial de Conciliação. De acordo com este responsável, os acordos entre a Fábrica Bordalo Pinheiro e os seus credores estão a ser finalizados. Jorge Serrano convocou, no passado dia 11, uma sessão de esclarecimento com os 182 trabalhadores da empresa para lhes comunicar que devido ao Fundo de Garantia Social prevê-se o pagamento dos salários em atraso no espaço de 2 ou 3 semanas e que nessa altura também estarão a ser liquidados os subsídios de férias. O administrador revelou ainda que está a ser regularizada grande parte das dívidas a fornecedores, que rondam os 500 mil euros. Para a realização do saneamento previsto no PEC foi necessário recorrer à reestruturação das instalações fabris do Bordalo Pinheiro, ou seja, à venda de imóveis não afectos à produção (Loja 2 na Rua Camões em Caldas da Rainha – acordo feito para saldar a dívida com o Barclays Bank; e Lote da Borpi 3 Social localizada na Zona Industrial – para pagar à Segurança Social). A fábrica da Bordalo Pinheiro na zona industrial, localizada em frente ao Lote da Borpi 3 Social, continuará a pertencer às Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. Procedeu-se ainda à venda à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, por 900 mil euros, de parte das instalações fabris da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro (Borpi 2). Junto às instalações que a autarquia comprou fica situada a casa mãe, o museu Bordalo Pinheiro, uma loja de venda de peças e um restaurante, que se mantêm propriedade da empresa. Outra condição para que esta empresa requeresse judicialmente a sua insolvência com o fim de encetar um processo de recuperação e não abrir falência foi a adaptação do quadro de pessoal à previsão de encomendas para este ano, tendo celebrado a rescisão, por acordo, de 43 contratos de trabalho. Segundo o administrador, também as dívidas com a Fazenda Nacional, o BCP e a Caixa Geral de Depósitos foram “resolvidas”. “Já se pode dizer que estamos a começar a ver a luz ao fundo do túnel”, disse Jorge Serrano aos trabalhadores, lamentando o fecho de outras empresas nas Caldas ligadas à cerâmica, nomeadamente da Secla no final deste mês, levando cerca de 250 funcionários para o desemprego. “Há 20 anos tínhamos procura e fomos crescendo e comprando mais instalações e de há seis anos para cá houve uma baixa de encomendas que levou a um período de crise”, disse Jorge Serrano, adiantando que para conseguir ultrapassar as dificuldades a empresa “teve que emagrecer”. “Não vamos baixar os braços e vamos continuar a desenvolver todos os esforços para a obtenção de encomendas, factor indispensável à estabilização da nossa empresa”, frisou. Marlene Sousa
Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro
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