Publicou o Jornal das Caldas, no número 838, de 21 de Maio de 2008, um artigo em que era noticiada a aquisição de uma viatura para combate a fogos florestais. A nova viatura vem colmatar uma necessidade desta prestigiada corporação, traduzindo-se na verdade por mais uma garantia de melhor defesa das nossas matas e bosques. Estão, pois, de parabéns, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha, os seus bombeiros, o seu comando e a sua Direcção, com destaque para o seu presidente, que soube solucionar os graves problemas com que a instituição se debatia e ainda conseguiu reunir uma elevada quantia para comprar a nova viatura. É preciso, no entanto, fazer um esclarecimento acerca do conteúdo dos artigos a fim de repor a verdade dos factos e não permitir que alguma injustiça se pratique quanto aos emigrantes que contribuíram para esta compra. A verba que veio dos nossos emigrantes nos Estados Unidos da América não foi doada nem angariada pela Associação Regional Caldense, nem teve qualquer relação com a comemoração dos 25 anos dessa Associação. Penso que os repórteres de serviço fizeram alguma confusão entre o baptismo da nova viatura e o facto de a Associação Regional Caldense ter comemorado os 25 anos e ter sido, tal como o seu presidente, Sr. Jorge Ventura, condecorada no dia da cidade. Para que conste, a festa onde foram angariados os cerca de cem mil dólares, através das participações no jantar e nas inscrições no livro de honra da festa, foi organizada por um grupo de pessoas, na sua quase totalidade oriundas da freguesia da Serra do Bouro, que se constituíram em instituição sem fins lucrativos, com a designação “Fonte Santa Foundation”. Da organização (tal como consta do referido livro de honra) fizeram parte, entre muitas outras pessoas, também alguns actuais e ex- dirigentes da Associação Regional Caldense, no entanto a sua participação foi exclusivamente a título individual. Quero deixar bem claro que nada me move contra a Associação Regional Caldense. Antes pelo contrário, conheço e enalteço todo o trabalho que tem sido feito por esta associação e os contributos que a mesma tem proporcionado. Não vou transcrever os nomes de todos os membros da organização por ser uma lista bastante extensa, permitindo-me no entanto fazer uma alusão à participação muito especial do Joaquim Rainho Casimiro e família. Este senhor, também ele já agraciado com a medalha de mérito da cidade de Caldas da Rainha, foi a mola real de toda esta onda de solidariedade. Foi ele quem congregou todos à sua volta, angariou os melhores contributos e finalmente “arredondou”, com grande significado, o cheque que foi entregue aos Bombeiros. Nunca poderíamos deixar por corrigir esta grave injustiça que estava a ser feita ao Joaquim Casimiro e a toda a sua família, bem como a todos os demais obreiros desta campanha de solidariedade. É com grande pesar que escrevo estas linhas, num momento de luto e grande dor para toda a família Casimiro pela precoce partida da Isabel Jerónimo. Mesmo sabendo que as palavras pouco servem para aliviar o grande sofrimento dos familiares, não deixarei de lhes dizer que todos aqueles que têm beneficiado da vossa generosa solidariedade estão hoje solidários convosco, no vosso sofrimento. Álvaro Baltazar