Durante um simulacro desenvolvido na EBI de Santa Catarina, os responsáveis do estabelecimento de ensino detectaram duas situações anómalas que pretendem corrigir, solicitando por isso o apoio da DREL para as resolver. Uma das primeiras situações prende-se com o facto da EBI de Santa Catarina ter alunos surdos e como tal o sinal sonoro utilizado no exercício ou situações reais de perigo não é audível para eles, logo têm de ser colocados sinais luminosos nas salas de aula para que estes alunos os possam ver. A segunda situação prende-se com o facto dos sinais de aviso necessitarem de corrente eléctrica para serem accionados, mas no caso de uma situação real, com o corte da energia, não haverá forma de avisar toda a escola, passando a solução pelo accionamento individual em cada uma das salas, através de buzinas, ou então, como revelou o assessor do governador civil de Leiria, “pela aquisição de baterias autónomas que funcionam só para o accionamento do alerta em casos de perigo, mesmo não havendo electricidade”. Segundo António José Teixeira, nesta acção de simulacros nas escolas que está a decorrer em todo o distrito e que envolve 19 mil alunos, a DREL do Centro e do Vale do Tejo vai ao encontro das perspectivas de Paiva de Carvalho, governador civil de Leiria, que “está muito empenhado para que cada vez mais se simule para se chegar o mais próximo da perfeição possível”, referiu. António Saloio, presidente do conselho executivo da EBI, declarou que este exercício serviu em primeiro lugar para testar os tempos de evacuação de todo o pessoal do edifício escolar para a plataforma de segurança, “o que foi conseguido em três minutos”, além de ter servido para “detectarmos que não houve pânico durante a evacuação”, embora tivesse tomado nota de “uma ou outra turma não tivesse saído de forma tão organizada”. Dos aspectos a melhorar foi assinalado o facto da escola ter alunos surdos e que “eles numa situação destas têm de ter outros meios de comunicação, que não os sonoros, solução que pode passar pela utilização de sinais luminosos”. O presidente do conselho directivo, a par da técnica de segurança da escola, a professora do primeiro ciclo Elisabete Susano, patentearam esta preocupação que já foi transmitida ao Ministério da Educação, que em conjunto com os técnicos de segurança terão de arranjar uma solução que abranja todos os compartimentos da escola, incluindo casas de banho ou arrecadações. “É uma situação que nos preocupa e que temos de solucionar para prevenir situações futuras”, indicou. Para além disso, foi destacado que as campainhas em algumas zonas do edifício “não são audíveis”, e por isso a solução “pode passar pela colocação de botijas de ar comprimido em cada uma dessas salas”. Ainda assim, António Saloio mostrou-se preocupado com o facto de “numa situação real sem parte eléctrica, não haverá campainha, nem sinais luminosos, por isso teremos de pensar numa outra alternativa credível”. A EBI de Santa Catarina, que tem alunos surdos e de multi-deficiência, tem nas turmas “um ou dois alunos de referência que são responsáveis pela sua evacuação”, garantiu o docente, que para que esta interligação funcione revela haver “treinos específicos que passam pela aprendizagem de linguagem gestual portuguesa”. A EBI de Santa Catarina treina três vezes por ano estas situações, onde envolve várias equipas e meios, e existem outros exercícios de menor dimensão e de rotina. Os militares do destacamento da GNR das Caldas da Rainha que mobilizaram meios do posto das Caldas e da Benedita, asseguraram que estavam reunidas “todas as condições para ser aberto um corredor de evacuação dos feridos para o Hospital de Caldas”. Rui Faria, adjunto de comando dos bombeiros das Caldas justificou a ausência dos voluntários da Benedita, que estão mais próximos do que os soldados da paz da sede do concelho, “porque na reunião preparatória para este exercício estavam preparados os meios do concelho das Caldas e por isso não foi sequer levantada a possibilidade dos bombeiros da Benedita participarem no simulacro. É evidente que numa situação real seriam eles a chegar primeiro, porque nós temos o cuidado de, em situações mais graves, alertarmos os bombeiros da Benedita para se deslocarem para aqui”, declarou. Instado a comentar o facto dos soldados da paz terem a necessidade de uma secção destacada em Santa Catarina, Rui Faria é da opinião que “não faz sentido nenhum ter aqui uma secção destacada, porque temos aqui bem perto os bombeiros da Benedita”, preferindo “uma secção em A-dos-Francos”, por ser uma parte do concelho que está desguarnecida. Como condição a rever, Rui Faria admitiu convidar os bombeiros da Benedita a actuarem num simulacro na escola, até para haver treino em equipa de duas corporações. Carlos Barroso
Simulacro na EBI de Santa Catarina

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