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Menina de cinco anos morre atropelada

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“A Daniela atravessou a passadeira para ir dar um beijinho a uma senhora e quando quis regressar ao outro lado da estrada foi apanhada por um carro”. É assim que Jane Silva relata o que se passou com a sua filha, atropelada na tarde de 11 de Março no Bombarral. A menina de cinco anos […]
Menina de cinco anos morre atropelada

“A Daniela atravessou a passadeira para ir dar um beijinho a uma senhora e quando quis regressar ao outro lado da estrada foi apanhada por um carro”. É assim que Jane Silva relata o que se passou com a sua filha, atropelada na tarde de 11 de Março no Bombarral. A menina de cinco anos não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer no Hospital de Santa Maria. A criança sofreu lesões ao nível abdominal e do crânio graves, fracturou um braço e perdeu muito sangue. As vias respiratórias ficaram obstruídas e a recuperação tornou-se impossível. O sentimento de dor e consternação envolveu a vila do Bombarral, onde os pais da criança eram bastante conhecidos, pelo facto da mãe ser proprietária de um café muito frequentado e o pai, Paulo Silva, ser empreiteiro. Na altura do acidente, minutos antes das cinco da tarde, Daniela Ferreira da Silva, residente em Vale Covo, Bombarral, encontrava-se com a mãe. Depois de terem feito compras no supermercado Lidl, na Rua Mouzinho de Albuquerque, na EN 8, deixaram o carro no parque de estacionamento e foram ter com uma senhora para receber a renda do aluguer de uma casa, situada nas proximidades, num local de grande tráfego automóvel. “Quando viemos embora a Daniela não se despediu e quando chegámos ao carro ela largou-me a mão e voltou para trás para dizer adeus. Chegou à passadeira em frente ao portão da casa, olhou para os dois lados, viu que não vinha ninguém e atravessou. Quando eu ia ter com ela, a menina ia a regressar e foi atingida por um carro que entretanto apareceu”, contou Jane Silva, que assegura que a criança estava a utilizar a passadeira. Segundo adiantou, a menina terá sido projectada perto de seis metros. Ficou inconsciente mas estava com pulsação quando uma ambulância com três bombeiros em poucos minutos chegou ao local. “Apresentava vários traumatismos e lesões e uma hemorragia grave”, indicou o comandante dos bombeiros do Bombarral, Pedro Lourenço. Foram prestados os primeiros socorros até à chegada da viatura médica de emergência e reanimação de Caldas da Rainha, que preparou a criança para ser transportada num helicóptero do INEM, que aterrou num campo de futebol pelado, para o Hospital de Santa Maria, onde pouco depois viria a ser declarado o óbito. O condutor do veículo ligeiro que atropelou mortalmente a criança diz-se de “consciência tranquila”, negando ter cometido qualquer infracção. “Ia a cerca de 30 kms/h, não bebo e a criança apareceu de repente fora da passadeira”, declarou Manuel Abreu, dono de uma recauchutagem no Bombarral, que estava acompanhado de uma funcionária. “É chato, porque é uma criança, mas não assumo a responsabilidade, porque não a tenho”, manifestou o condutor, de 64 anos, com carta de condução “desde os 18 e sem qualquer acidente por mim provocado”. Segundo relatou, “a criança vinha a correr de uma zona descampada ao lado da casa. A passadeira está em frente à casa e ela estaria a uns cinco ou seis metros de distância a atravessar a estrada”. “Foi ela quem bateu de lado no carro, não fui eu quem provocou o choque”, disse, adiantando que Daniela “caiu no mesmo local e não foi projectada”, o que contraria a versão da mãe. Francisco Gomes Sem álcool O teste de alcoolemia realizado pela GNR não detectou excesso de álcool no sangue. Na passadeira existe uma marca de travagem, supostamente do veículo, que ficou com a parte dianteira direita danificada. O caso foi entregue ao Tribunal do Bombarral. Lombas reclamadas O local já foi palco de vários acidentes, levando a população a reclamar a colocação de lombas ou instalação de semáforos para travar a sinistralidade. Para assinalar este atropelamento, foram deixadas flores por familiares e amigos da criança. Filha única Daniela, que frequentava um jardim de infância próximo do local do acidente, era filha única do casal. A mãe tinha sentido dificuldades em engravidar, devido a problemas de fertilidade, e dificilmente poderá ter mais filhos. Ainda não lhes foi prestado apoio psicológico.

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