Decorreu no dia 7 de Março, no Pachá, nas Caldas da Rainha, uma conversa à mesa com José Rafael Nascimento, que falou de “Marketing, Estratégias e Perspectivas” da cidade ao balcão, uma abordagem proactiva do comércio. O convidado destacou que “deve haver uma combinação entre o comércio moderno com a tradição caldense e desenvolver uma forte identidade”, numa análise em que os pontos fortes são “as infra estruturas e oferta comercial, a experiência e tradição e a hospitalidade”, enquanto que os pontos fracos “são a passividade, o individualismo e o amadorismo”. Para este recém morador das caldas, a cidade “tem oportunidade de crescimento da oferta comercial” e como factores de competitividade José Rafael Nascimento propõe “a cerâmica, doçaria, termas, natureza, praias, mercado, comércio, gastronomia, desporto, universidades e o cosmopolitismo” da cidade que “deve passar de uma espiral de estagnação para uma espiral de revitalização”. Isabel Castanheira, uma das mentoras deste jantar, lembrou que o orador tem um livro, intitulado “Pensar Cliente” e que foi a partir dessa obra que se juntou um grupo de pessoas que ouviu falar o autor. Para a livreira, e tendo em consideração as particularidades do comércio e da cidade, “é preciso começarmos a ver as coisas em conjunto, numa determinada expectativa de inovação”. “Há coisas que tem de ser modificadas e outras que têm de ser valorizadas e foi isso que ficámos a pensar”, referiu. Para Paulo Feliciano, proprietário do Pachá, o autor “tem uma imagem das Caldas completamente diferente daquela que as pessoas que aqui vivem e estão todos os dias”. “Para ele as Caldas têm muito potencial, têm futuro, e se todos nos unirmos poderemos fazer um trabalho interessante”, apontou. Isabel Castanheira salientou que “é preciso marcarmos diferença a partir de uma imagem que denomine aquilo que nós somos do ponto de vista comercial”. Uma dessas imagens pode passar pela famosa figura de “Zé Povinho”, ou pelos irreverentes e atrevidos “Falos das Caldas”, podendo surgir um slogan do tipo “Falo pelas Caldas” ou “Zé Fê-lo pelas Caldas”, entre outras frases ainda em estudo. Carlos Barroso