Estrada entre Chão da Parada e Salir é promessa por cumprir Paulo Ribeiro, deputado eleito pelo PSD, lembrou na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha que ainda está por fazer uma nova ligação entre o Chão da Parada e Salir do Porto. “Entretanto, acaba o mandato e a estrada não foi feita. É uma promessa do programa eleitoral”, afirmou, defendendo que “já que a obra ainda não começou, pensem em acrescentar uma ciclovia a esse melhoramento”. O deputado sugeriu também a criação de um posto de turismo em Salir do Porto. O presidente da Câmara respondeu que a via está incluída no plano de obras desde ano, e em relação à ciclovia Fernando Costa argumentou que “têm havido alguns acidentes desagradáveis com a convivência de bicicletas e pessoas a caminhar na ciclovia da Foz do Arelho. A pista foi criada para as bicicletas, mas actualmente é mais frequentada por peões”, pelo que considera ser “complicado a construção de uma ciclovia” entre o Chão da Parada e Salir do Porto, alegando ainda o facto de “ser preciso cortar muitos pinheiros”. Campo de golfe ainda sem os terrenos necessários O deputado do PSD, Rogério Rebelo, quis saber em que ponto de situação está o projecto para o campo de golfe para a Serra do Bouro e Foz do Arelho, o projecto de requalificação das margens da Lagoa de Óbidos e o projecto de requalificação da Praça da Fruta. “Reparei que os vendedores não estão a ocupar os espaços todos. Há muito espaço vazio e por isso, acho que há muita gente que está a deixar de vender na Praça”, indicou. Receando a desertificação da Praça, pediu que “a Câmara elabore um projecto para reabilitar o espaço, de modo que a Praça ganhe melhores condições para quem vende e seja apetecível a quem compra”. Sobre o campo de golfe, Fernando Costa, adiantou que o processo “está a andar”, apontando que “a grande dificuldade está na aquisição do terreno, que está a ser comprado a trezentas ou quatrocentas pessoas”, numa área de 120 hectares de terreno. “Sei que tem 90 hectares em escrituras, mas ainda existem situações pendentes”, anunciou. Quanto às obras das margens da Lagoa, esclareceu que “a obra está a decorrer” e quanto ao processo da requalificação da Praça da Fruta, garantiu que brevemente o projecto irá ser apresentado à Assembleia Municipal.   Empresa cerâmica em crise O comunista António Barros informou que a situação nas Faianças Bordalo Pinheiro “é grave”, revelando que a administração “propôs a redução do horário de trabalho e da remuneração para 245 trabalhadores”, mas perante a não anuência dos trabalhadores “a empresa tudo leva a crer, até porque o afirmou publicamente, pensa recorrer à Lei Off, que suspende o contrato de trabalho”. Por este motivo o deputado da CDU receia que “se possa estar perante uma tentativa de processo de encerramento com o consequente despedimento dos trabalhadores”. O comunista apelou por isso que “a Câmara se empenhe para que tal situação se evite, não só porque socialmente é dramático, como também será uma perda importante do património histórico do nosso concelho”. Crítica às políticas agrícolas David Geraldes, deputado do PSD, criticou as políticas seguidas pelo Governo no sector agro-rural, comentando que o respectivo Ministério “persiste em se manter surdo aos insistentes avisos de quem está em campo”. “Há três anos que proclama que os cereais eram para acabar. Agora vem dizer que é para incentivar. Isto aconteceu no mesmo dia em que se soube que tinham acabado os apoios à electricidade verde”, descreveu. Para além das graves dificuldades que o sector atravessa, David Geraldes sublinhou que “não podem os agricultores continuarem a ser penalizados pelo grau de incerteza em que vivem e motivado pela não activação atempada dos instrumentos de política, e por isso se reclama a rápida aplicação do Proder, sob pena de comprometer as candidaturas ao investimento”. No que se refere à electricidade para uso agrícola, a chamada electricidade verde, “o corte implica o recurso acrescido à energia, com os consequentes aumentos dos custos de produção”, salientou. Tempo gasto em discussões Na última Assembleia Municipal perdeu-se tempo em discussões sobre os minutos gastos nas intervenções dos deputados. Jorge Sobral, na condição de líder da bancada do PS reclamou junto da mesa da Assembleia Municipal por não ter tempo para falar na sessão, reivindicando que o PSD teria também ultrapassado o período permitido. O presidente da Assembleia Municipal, Luís Ribeiro, esclareceu que “os tempos são controlados pelo senhor secretário e eu tenho toda a confiança nele”. Jorge Sobral contestou: “Eu tive o cuidado de tirar os tempos e não é correcto como foram contados pela mesa”. Os ânimos tiveram que ser serenados, já que Luís Ribeiro ameaçou suspender os trabalhos por “não haverem condições”, porque pelo meio o secretário, Vasco Oliveira, trocou acesos argumentos com Jorge Sobral sobre a seriedade de cada um. O presidente da Câmara, Fernando Costa, tentando acalmar o assunto, ironizou: “A culpa é do presidente da Câmara, porque deveria comprar o relógio para controlar os tempos de cada partido”. Carlos Barroso